11 AGO 2023
Ex-integrante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o procurador da República Wellington Saraiva criticou, em seu perfil no Twitter, o nome da operação contra militares ligados ao ex-presidente Bolsonaro por remeter à passagem bíblica.
Escreveu:
- É completamente errado, inadequado, inaceitável, a @policiafederal #PF apelidar uma operação de “Lucas 12:2”, como fez hoje. O estado brasileiro é laico. Polícia não deve se misturar com Bíblia, com Corão nem com livro religioso algum. Acabaram-se as cruzadas.
Em tempo
A operação da PF, que cumpriu mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF contra o general Mauro César Lourena Cid, o tenente-coronel Mauro Cid, que está preso; o subtenente do Exército Osmar Crivelatti, e o advogado Frederick Wassef, todos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, recebeu o nome de "Lucas 12:2", alusão ao versículo da Bíblia que diz: "Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido".
A operação, deflagrada nesta sexta-feira (11), investiga possível venda ilegal de presentes oficiais dados ao Bolsonaro quando presidente por delegações estrangeiras.
Em tempo 2
Não é a primeira vez que passagem bíblica é usada em operação.
Como lembra o G1, em 2020, “uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro que prendeu pessoas pelo envolvimento na morte do pastor Anderson do Carmo e que apontou a viúva dele, a então deputada Flordelis (PSD-RJ), como mandante do crime” foi batizada de "Lucas 12", em referência a toda a passagem da Bíblia.
Autor(a): Eliana Lima