27 MAI 2024
Diante da matéria publicada na Veja São Paulo sobre a ação judicial trabalhista que Edna Fonseca, ex-governanta de Paula Lavigne e Caetano Veloso, iniciou contra a ex-patroa, os advogados emitiram “nota de esclarecimento e contextualização dos fatos”.
Informam que, além da suposição de que Edna poderia ter roubado dólares do casal, ela “foi submetida a um padrão sistemático de abusos psicológicos e morais, fatos que ainda serão levados ao conhecimento do Judiciário Trabalhista em momento oportuno”.
Abaixo, vídeo de quando Lavigne liga para Edna, no programa de Angélica. Qual legenda você daria?
Íntegra da nota:
- Os advogados que cuidam dos direitos de Edna vêm a público esclarecer o caso relatado na nota publicada hoje, na Veja São Paulo, pelo repórter Sérgio Quintella, intitulada "Ex-governanta de Caetano Veloso pede indenização de R$ 2,6 milhões."
Inicialmente, salientamos que não fomos contatados antes da publicação da matéria, o que a praxe do bom jornalismo recomenda.
Os parágrafos que inauguram a matéria expõem o nome completo de Edna, acompanhados da informação de que ela foi demitida por justa causa após ser acusada do furto de dólares, o que não corresponde à verdade.
Na sequência, de forma modesta e protocolar, o restante da matéria apresenta alguns pontos levantados na ação trabalhista. Edna é uma mulher periférica e de origem humilde, não tem influência cultural e política como a parte adversa.
Em razão disso, fazemos esclarecimentos para que não se dê a entender que Edna teria furtado qualquer coisa nos 22 anos em que trabalhou na casa de Paula Lavigne e Caetano Veloso. Edna é, na verdade, vítima de Paula Lavigne.
Durante os 22 anos em que trabalhou na residência do casal, Edna foi submetida a um padrão sistemático de abusos psicológicos e morais, fatos que ainda serão levados ao conhecimento do Judiciário Trabalhista em momento oportuno.
O episódio culminante - tratado na matéria sob ótica distinta - ocorreu em maio deste ano. Paula Lavigne iniciou uma investigação privada para apurar responsabilidades sobre o sumiço de uma quantia em dólares de sua casa.
Para isso, valeu-se de métodos pouco democráticos e gravíssimos para inquirir funcionários - dentre eles Edna, constante e indevidamente acusada de forma indireta por Paula.
Na tentativa de provar sua inocência, Edna entregou para Paula, no âmbito da investigação privada que ela iniciou, extratos bancários dos últimos 7 anos para demonstrar que todo o dinheiro que tinha era fruto de seu trabalho.
Nada disso foi suficiente para que Paula parasse de assediar Edna. Até que, no dia 03 de maio, Paula Lavigne confiscou o telefone celular de Edna e violou o sigilo de suas comunicações, acessando conversas pessoais e fazendo backup dos dados privados de Edna.
Além das ações trabalhistas, outras providências legais em relação a esses fatos já foram tomadas. Aguardamos que a justiça seja feita para Edna e para outras pessoas que, como ela, foram vítimas de Paula Lavigne.
Rio de Janeiro, 24 de maio de 2024.
Christiano Mourão, Gabriella Ventura e Claudio Virgulino
Autor(a): BZN