Polícia

Afe! Até vagas em presídios são negociadas

08 OUT 2020

Foto: PF-MG

A Polícia Federal deflagrou hoje (8) em Minas Gerais a Operação Alegria, em conjunto com Polícia Civil, Polícia Penal  Departamento Penitenciário Federal.

No alvo, corrupção no Sistema Penitenciário de MG. Foram cumpridos 29 mandados de prisão preventiva e 45 de busca e apreensão, expedidos pela Vara de Inquérito de Contagem, nos municípios mineiros de Belo Horizonte, Betim, Contagem, Fervedouro, Francisco Sá, Lagoa Santa, Matozinhos, Muriaé, Ouro Preto, Passo, Patrocínio, Ribeirão das Neves, Uberaba, Uberlândia e Vespasiano.

Pois bem, as lupas identificaram uma organização criminosa comandada por servidores públicos e advogados que negociavam vendas de vagas em unidades prisionais, vagas em determinados pavilhões, entrada de objetos não permitidos etc.

Com pagamento era repartido entre os líderes da organização criminosa, presos de alta periculosidade eram transferidos indevidamente de unidades, além de serem colocados em alas/pavilhões com benefícios (ao trabalho, por exemplo) a que não teriam direito pelas normas de execução penal.

Segundo a PF, foram "identificados inúmeros eventos de corrupção praticados pela organização criminosa, envolvendo, principalmente, dois estabelecimentos prisionais na região metropolitana de Belo Horizonte".

Os presos são investigados pelos crimes de participação em organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e concussão, cujas penas cominadas podem chegar a 20 anos de reclusão.

Em tempo

O nome da operação é uma alusão à forma jocosa como os membros da organização criminosa referiam-se ao Complexo Penitenciário de Segurança Máxima Nelson Hungria, chamando-o de “Nelson Alegria”.

Autor(a): Eliana Lima



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