O ministro-supremo Alexandre de Moraes determinou nesta quinta-feira (24) a prisão imediata do ex-presidente da República Fernando Collor de Mello, condenado a 8 anos e 10 meses de prisão em regime fechado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A decisão ocorre após a rejeição de um novo recurso da defesa, classificado por Moraes como “meramente protelatório”. Collor foi condenado em 2023 por envolvimento em um esquema de corrupção na BR Distribuidora, no qual teria recebido cerca de R$ 20 milhões em propina para facilitar contratos com empresas, como a UTC Engenharia.

Afirmou AM: “O ex-parlamentar tenta claramente impedir o cumprimento da decisão condenatória definitiva. Os recursos apresentados não têm conteúdo jurídico minimamente plausível”.

Apesar de a decisão ainda precisar passar pelo crivo do plenário do STF, Moraes ordenou que a prisão seja cumprida de forma imediata. Em resposta, o presidente do STF, Roberto Barroso, convocou para esta sexta-feira (25) uma sessão extraordinária virtual para analisar a medida.

Histórico

Fernando Collor, que governou o país de 1990 a 1992, foi o primeiro presidente a sofrer processo de impeachment após denúncias de corrupção. Ele renunciou pouco antes da conclusão do julgamento no Senado. Nos anos seguintes, voltou à política como senador por Alagoas, mantendo influência até o fim de seu mandato em 2023.

Com a ordem de prisão, Fernando Collor se torna o primeiro ex-presidente do Brasil a ser preso por uma condenação criminal definitiva no âmbito da Lava Jato.

Autor(a): BZN