Em uma visita à Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em Manaus, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, defendeu a legalização da cocaína como estratégia para conter o desmatamento na Amazônia. A declaração foi feita ao lado do presidente Lula da Silva (PT), durante a Cerimônia de Implementação do Programa União com Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais.

Petro argumentou que a política antidrogas atual, imposta principalmente pelos Estados Unidos, falhou e causou mais danos à região e à juventude da América Latina. "Amanhã, se a cocaína fosse legalizada no mundo, não haveria essa destruição da selva amazônica", afirmou, criticando o que chamou de "política fracassada imposta por Nova York".

O presidente colombiano destacou que a proibição fortalece o poder das máfias e alimenta a violência, enquanto a legalização permitiria ao Estado regular e tributar a substância. Ele fez um paralelo com a situação do álcool e, em alguns países, da maconha, que são regulamentados e geram receita para o governo.

Petro também relacionou a criminalização da cocaína ao aumento do uso de drogas mais perigosas, como o fentanil. "Hoje, os estrangeiros usam fentanil, e isso está matando milhares. Quando usavam cocaína, havia menos mortes. E, quando era maconha, menos ainda", declarou.

Autor(a): BZN