Cultura

Após sucesso do vernissage, bela exposição de Azol continua para visitação pública na Pinacoteca

26 MAI 2022

Foto: Bia Azevedo

Um sucesso! Total! Assim foi o vernissage do artista multimídia Azol, na Pinacoteca, na noite de terça (24).


Artistas, jornalistas, políticos, escritores e o jet se reuniram para conferir a beleza da exposição “O Sertão Virou Mar”, do potiguar radicado em São Paulo. 


Que linda obra! Vale conferir cada detalhe dos traços que retratam o sertão, a caatinga e a vida simples do homem do campo. Fica aberta ao público até 24 de julho, com entrada franca.


Radiante, Azol comentou sobre trazer a exposição à sua terra natal: “Estou sendo coroado ao vir a Natal. Essa é uma noite muito especial”.


Todo gentleman, o artista atendia aos convidados com fotos, autógrafos e conversava sobre arte com quem o abordava sobre técnicas e material utilizado nas obras de arte.


Beleza

 

Inspirada no sertão nordestino, a exposição retrata a vida cotidiana dessa região de forma lúdica, porém com uma mistura de linguagens e diferentes estéticas. 


Minha ala preferida é a do Castelo Zé dos Montes, localizado no município de Sítio Novo, retratado em diversos ângulos, numa incrível reunião de cores e formas.


Encha os olhos - e adquira, se puder - um burrinho solitário, os vaqueiros cavalgando pela mata e o menino caído ao chão. São algumas das peças feitas pelo artista que demonstram a beleza do sertão e não apenas a aridez da terra seca.

 

Para chegar à exposição, Azol passou cerca de um ano produzindo a riqueza de detalhes, cores, filtros e linguagens. 


O trabalho de pesquisa feito por Azol sobre o sertão nordestino, entretanto, já dura 10 anos. Então, baseado no longo estudo, nas viagens ao Nordeste e conversas com o curador Marcus Lontra, ele reúne na mostra 43 fotomontagens digitais, 10 pinturas, além de três trabalhos de videoarte, uma instalação e um vídeo com depoimentos do artista e do curador.


Depoimentos valiosos

 

Amante da cultura nordestina, o juiz Ivan Lira de Carvalho expressou:


- Fico feliz quando a caatinga serve de inspiração para um artista do valor de Azol. Muitas pessoas escondem a caatinga dizendo que sua vegetação arbustiva só é bonita quando está verde, mas a exposição de Azol sepulta esse mito. A parte mais crua da caatinga expõe-se na arte de Azol. Fiquei maravilhado.


Do escritor Aluízio Azevedo Júnior: 


- A cor do cenário do sertão potiguar mostra uma sensibilidade muito grande. Um olhar do que é da nossa terra, dos nossos valores. Percebi em Azol um grande fotógrafo. Me identifiquei com a arte dele.

 

Do promotor e amante da arte Manoel Onofre Neto: 


- A exposição traz um sertão absolutamente poético e de muita sensibilidade, de um percurso que Azol imaginou e partilha conosco. É de uma grandeza sem precedente e, sobretudo, de uma profusão artística.


Em tempo 

 

Antes do vernissage, Marcus Lontra palestrou sobre a importância da arte desde os tempos primitivos até a contemporaneidade. “A elite brasileira ainda não percebeu o potencial econômico da atividade artística. Existem estudos que mostram que cerca de 8% a 10% da riqueza de um país são ligados a economia criativa”.

 

Pensamento corroborado por Azol, ao falar sobre a importância da arte na vida das pessoas: “A arte cura e provou, mais uma vez, que pode ser a cura para o buraco negro que a vida nos impõe, como no caso da pandemia”.

 

Serviço


A exposição ‘O Sertão Virou Mar’ ficará na Pinacoteca do Estado até o dia 24 de julho, com entrada gratuita, de terça a sexta das 8h às 17h, sábados e domingos das 10h às 16h.  


Fui, vi e me encantei pela exposição de Azol


Fotos de Bia Azevedo 


Atentos a Marcus Lontra




Autor(a): Eliana Lima



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