Política

As narrativas da secretária de Saúde do RN, que tentar desacreditar jornalistas

27 OUT 2023

Enquanto o Rio Grande do Norte vive uma das mais dramáticas crises na saúde pública, com o caos generalizado nos hospitais do estado, a secretária-sorridente Lyane Ramalho esquece o cargo público que ocupa e grava um vídeo com narrativas de “misoginia” e “machismo” para tentar desacreditar jornalistas, como se tratasse de questão pessoal, não de vidas humanas que padecem. E diz ser “vergonhoso” uma mulher que ‘endossa’. 

Não, secretária. Vergonhoso é deixar uma população menos necessitada padecer por falta de assistência constitucional à Saúde, que recebe verbas federais carimbadas para a gestão pública, quando o SUS, um dos melhores programas de saúde do mundo, é devidamente colocado em prática. É vergonhosa a Justiça determinar que seja dada a devida assistência necessária, e mesmo assim ser negligenciada.

Não é questão pessoal. É a gestão pública responsável por nada menos que vidas humanas. Sou mulher e sou forte para não me deixar abalar num universo masculino como era o jornalismo, durante mais de 30 anos. Não me envergonho de ser uma mulher determinada, guerreira e sem narrativas para tentar defender-me. Sou responsável nas minhas opiniões no trato com a coisa pública. A mulher não precisa ser vitimizada para conclamar uma batalha. Ela é forte por natureza.

A secretária usa o nome do SUS para uma defesa pessoal, conclamando a militância para uma ‘batalha’ em sua glória. Afaga o ego da governadora Fátima Bezerra, da ministra Nísia (Saúde) e do presidente Lula para tentar se agarrar no cargo que não pode sustentar.

Daqui, desejo, com o mais elevado espírito público, que a senhora consiga fazer valer a garra e a inteligência da mulher para conduzir gloriosamente o sistema de Saúde Pública que a população tanto carece. Sem narrativas.


Autor(a): BZN



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