Polícia

Associação dos Escrivães da PCRN reforça brado contra assédios após morte da escrivã Rafaela Drumond, 31 anos

14 JUN 2023

A Associação dos Escrivães da Polícia Civil do RN (Assesp) emitiu nota de pesar pela morte da escrivã Rafaela Drumond, 31 anos, da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).


E reforça o brado “contra a cultura do assédio moral dentro das instituições de segurança pública que é estrutural e sistêmica”.


Escrivã da corporação em Carandaí (MG), Rafaela foi encontrada morta na noite de sexta-feira (9) na cidade de Antônio Carlos, interior de MG.


A Corregedoria da PCMG abriu inquérito para apurar denúncias de assédio e a circunstância da morte.


Segundo o Sindicato dos Escrivães da PCMG (Sindep), existem denúncias de que Rafaela vinha sofrendo assédio moral e sexual, além de pressão com a sobrecarga no trabalho.


Informou que ela fez contato com o jurídico do sindicato na semana passada denunciando assédio sofrido no ambiente de trabalho. A entidade afirma que o conteúdo da denúncia será mantido em sigilo.


Disse também que recebeu outras denúncias, e que uma visita técnica seria realizada na Regional, mas não houve tempo hábil da intervenção antes da morte da escrivã.


No RN, a Assesp emitiu nota nas suas redes sócias:


- Não é um caso isolado e não vamos nos calar!


Por Rafaela Drumond e por todos os Escrivães de polícia civil do país, que diariamente são submetidos a situações vexatórias e abusivas, dizemos BASTA!


Todos sabemos de situações parecidas como estas ocorridas com a EPC Rafaela Drumond. Todos temos conhecimento e também medo de represália e perseguições. 


Não é só mudar o abusador de unidade, ou a vítima, é preciso punir com o rigor da lei todos estes casos, é preciso cuidar de quem adoece no exercício da sua atividade profissional.


Que todas as policiais do Brasil se unam contra a cultura do assédio moral dentro das instituições de segurança pública que é estrutural e sistêmica.


Que as Academias de Polícia tenham em sua grade curricular cursos e oficinas sobre este tema. Que seja matéria obrigatória nos cursos de formação.


Que as Corregedorias sejam céleres em julgar os diversos casos que passam anos e anos aguardando uma conclusão.


Que as gestões assumam publicamente o compromisso de coibir aqueles que deliberadamente agem para atacar seus colegas.


Não podemos mais aceitar que casos como estes voltem a se repetir.


Rafaela Presente!


Nossa solidariedade aos familiares, amigos e colegas!


Assesp/RN

Autor(a): Eliana Lima



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