31 AGO 2020
Levantamento feito pela Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego) aponta que o SUS gasta vcerca de R$ 15 milhões para tratar, todos os anos, de ciclista traumatizados em colisão com motocicletas, automóveis, ônibus, caminhões e outros veículos de transporte.
Na última década, informa que 13.718 ciclistas morreram no trânsito após se envolverem em algum acidente, 60% deles em atropelamentos.
"No trânsito, o maior deve sempre cuidar do menor, ou seja, o carro motorizado deve ter o cuidado maior com o ciclista", pondera Antonio Meira Júnior, presidente da Abramet. No entanto, atenta para a neessidade do ciclista de também cumprir com as regras de trânsito. "É fundamental que conheça as regras de trânsito e cumpra as regras de trânsito. Devem evitar transitar por vias que não oferecem infraestrutura adequada ou sem equipamentos de segurança previstos em lei, como de proteção individual, lanternas, campainhas e espelhos retrovisores".
De acordo com a Abramet, os dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) e do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), ambos do Ministério da Saúde, mostram a urgência de ações que levem ao uso seguro desse meio de transporte. No período analisado, o número de atendimentos hospitalares desse tipo de acidente aumentou 57%, passando de 1.024 em 2010 para 1.610 em 2019. Só neste ano, até junho, pelo menos 690 internações foram registradas no SUS. 84% dos ciclistas internados foram do sexo masculino e metade tinha entre 20 e 49 anos de idade.
Mesmo com redução do volume de veículos nas ruas e do isolamento social adotado em todo o País devido à pandemia, o número de internações de ciclistas acidentados continuou alto no primeiro semestre.
Na comparação com igual período de 2019, as internações tiveram baixa de apenas 13%.
Cenário
Na última década, o número de internações no RN aumentou assustadoramente para 1.250%, seguido por Pernambuco (678%) e Mato Grosso do Sul (400%).
Em termos absolutos, São Paulo lidera com folga o primeiro lugar, com 4.546 internações registradas no período, seguido por Minas Gerais (1.379).
Roraima se destaca com o menor número de hospitalização de ciclistas por atropelamento: apenas quatro, duas em 2014 e outras duas em 2016, segundo os registros oficiais.
Fatalidade
A Abramet considera a falta de infraestrutura adequada nas cidades e de campanhas educativas e de prevenção voltadas ao ciclista o principal motivo do crescimento dos indicadores de vítimas.
Os dados mapeados pela entidade indicam que, em média, 850 ciclistas morrem todos os anos por envolvimento em acidente de trânsito. Cerca de 60% das mortes foram registradas nas regiões Sul e Sudeste.
Panoramas
Autor(a): Eliana Lima