O jurista Miguel Reale Júnior, um dos autores do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), defendeu, em entrevista ao 'Estadão', que o Ministério Público peça que o presidente Bolsonaro passe por exames para atestar sua sanidade mental.

Disse ao jornal, diante da presença do presidente neste doingo (15) na rampa do Palácio do Planalto:

- Seria o caso de submetê-lo a uma junta médica para saber onde o está o juízo dele. O Ministério Publico pode requerer um exame de sanidade mental para o exercício da profissão. Bolsonaro também está sujeito a medidas administrativas e eventualmente criminais. Assumir o risco de expor pessoas a contágio é crime".

Não é a primeira vez que o jurista discorre críticas a Bolsonaro. Em julho do ano passado, por exemplo, disse que o presidente vive um "processo alucinatório" e coloca a democracia brasileira em risco.

E em entrevista à Rádio Guaíba, Reale Jr. dispatrou:

- Estamos, realmente, em um quadro de insanidade da mais absoluta. Não é mais caso de impeachment, mas de interdição.

Autor(a): Eliana Lima