06 SET 2025
Estive nos bastidores do poder, em conversa com figurões rumo às eleições de 2026. No cenário que se desenha no momento, o vice-governador Walter Alves (MDB) assumirá o governo do Rio Grande do Norte em abril de 2026, mas não disputará a reeleição.
Ele estaria empenhado em organizar a administração estadual e encerrar o mandato com a imagem de um governador equilibrado, preservando capital político para o próximo passo: mudar-se para Brasília. O emedebista já articula essa transição e até estaria em busca de colégios para matricular os filhos na capital federal.
A incógnita ainda é qual cargo ocupará no Planalto, se num ministério, trabalhando a hipótese de uma reeleição de Lual, se no MDB, se na iniciativa privada etc.
Paralelamente, o MDB trabalha para sair fortalecido das eleições de 2026. O partido articula a filiação de lideranças estratégicas: o atual presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira, e os deputados estaduais Ubaldo Fernandes e Kleber Rodrigues. Estão em curso também negociações para atrair Hermano Moraes, Eudiane Macedo e Galeno Torquato. Claro, contando com todos reeleitos.
Se consolidada, essa movimentação tornaria o MDB a maior bancada na ALRN, com força para disputar a presidência da Casa a partir de 2027. A estratégia é clara: ampliar a presença no Legislativo e criar condições para que cada liderança galgue novos degraus na política estadual.
Esse redesenho nos bastidores pode reposicionar o MDB como um dos principais polos de poder no RN, justamente no momento em que Walter Alves se prepara para ampliar sua atuação política em Brasília. Claro, sem desconsiderar as coisas da política, que remetem a uma nuvem, você olha e ela está num formato, olha novamente e tudo mudou.
Autor(a): Eliana Lima