Às margens do Rio Potengi, a Base Naval de Natal é um dos mais belos lugares da capital potiguar, com prédios históricos, porém de arquitetura que remonta ao modernismo. Soma-se sua arborização em jardins bem cuidados e árvores que sombreiam no acalento dos raios de um sol que escalda.

E nesse lindo lugar, onde na infância assisti a muitos filmes - sim, lá tem sala de cinema, com direito a lanche, era o que eu mais gostava -, tem uma charmosa capela. A Capela de São Pedro Pescador, que recebe os fiéis em bonita escultura protegida por vidro.

Dentro, impressiona o painel de azulejos pintados num colorido que encanta. Ao meu olhar, vi como jangadas debruçadas sobres as águas do Potengi, nas cores da linda cidade que recebe paletas de acordo com o espetáculo do Sol, que não mede esforços para crepúsculos surpreendentes.

Curiosa, após a missa que fui no domingo (7), celebrada pelo padre Jailson, com a homilia sobre o Reino de Deus, fui conferir sobre o autor de tão encantador mural.

Para minha agradabilíssima surpresa, tinha assinatura da grande artistas plástica, querida amiga e elegantíssima Marlene Galvão, datada de 1972.

Não resisti, fotografei e postei no BZN e no Story do meu perfil pessoal no Instagram. No que ela comentou, feliz: "Muito grata, Eliana. Aquele mural foi feito com muito carinho. E lá vão quantos anos...

A capela

No distante 7 de setembro de 1922, o Decreto Presidencial nº 15.672 criou a Base Naval de Natal. Mas, somente a 7 de julho de 1941, em plena Segunda Guerra Mundial, foi iniciada a preparação do terreno para a edificação do prédio do Comando, pela competência e dedicação dos funcionários civis e militares, sob o comando do Almirante Ary Parreiras. Em pouco tempo a Base estava capacitada a apoiar os nossos navios e os dos aliados, que operavam no atlântico sul, durante o conflito.

Em 1949 nasceu a Capelania de Natal, como o padre Francisco  das Neves Gurgel. E em 1954, começa a construção da Capela da Base Naval, com inauguração no dia 13 de dezembro de 1957, sob as bênçãos de Dom Eugênio de Araújo Sales, então arcebispo de Natal.

A capela é aberta ao público em geral. 

Que tão boas e gratas surpresas!

Autor(a): Eliana Lima