24 JUL 2022
Com o Maracanãzinho lotado neste domingo (24) - fala-se em cerca de 12 mil pessoas-, o Partido Liberal (PL) anunciou oficialmente Jair Bolsonaro candidato à reeleição à Presidência da República, tendo o general da reserva Walter Braga Netto como vice. Forma-se a chapa puro sangue, como se diz na política quando os candidatos majoritários são do mesmo mesmo partido.
Bolsonaro chorou desde a entrada ao estádio, de mãos dadas com a primeira-dama Michelle, ao discurso da esposa. Braga Netto estava acompanhado da esposa Kathya.
O tom
Da vida de primeira-dama discreta, Michelle Bolsonaro aceitou dar o tom feminino à campanha do marido e já soma mais de três milhões de seguidores no Instagram. E hoje, ela atraiu os holofotes na convenção com um breve e repercutido discurso, em voz ecoando religião.
Começou no cerne: o rótulo de misoginia que os adversários taxam Bolsonaro.
Disse:
- Falam que ele não gosta de mulheres, mas foi quem mais sancionou leis de proteção para as mulheres.
Afirmou que são 70 leis, o que faz dele o “presidente da história que mais sancionou leis para a proteção das mulheres".
No destaque à religião, citou o texto bíblico de Provérbios 29:2 para remeter que “a reeleição não é por um propósito de poder, mas por um propósito de libertação”. É que “essa nação é próspera, essa nação é rica, ela só foi mal administrada. Deus tem promessas para o Brasil, e essas promessas irão se cumprir. Essa luta não é contra homens e mulheres, é contra principados e potestades.
Salivas de Bolsonaro
O presidente iniciou sua fala na tecla da liberdade. Foi à prisão no paraíso do povo cubano, para puxar sobre escolha errada.
Perguntou e respondeu:
- Quando se fala em poder do povo, alguém acha que o povo cubano não quer a liberdade? Tem? Não. Como chegar a esse ponto? Por escolhas erradas. A nossa missão é não atrapalhar a vida de vocês. É, cada vez mais, tirar o Estado de cima de vocês. Estado forte, povo fraco. Povo forte, Estado forte.
Defendeu o diálogo com jovens de esquerda, sob a justificativa de que eles entendam o caminho errado que estão seguido.
Citou a o atual governo argentino como um dos males do comunismo. “Vejam o que está acontecendo com a nossa Argentina”.
Afirmou-se do bem para falar em defesa da liberdade de imprensa e expressão:
- Nós somos maioria, nós somos do bem, nós temos liberdade para lutar pela nossa pátria.
E chamou:
- Convoco todos vocês agora, para que todo mundo, no 7 de setembro, vá às ruas pela última vez.
Aliados
No palco, estavam o filho-senador Flávio Bolsonaro, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL); o governador do RJ, Cláudio Castro (PL); ministros e ex-ministros; o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef; sensores, deputados, apoiadores etc.
Confira o discurso de Michelle Bolsonaro:
Autor(a): Eliana Lima