O ex-presidente Jair Bolsonaro postou no seu perfil do Twitter:

Em 2002 Celso Daniel, em 2018 Jair Bolsonaro e agora Sérgio Moro. Tudo não pode ser só coincidência. O Poder absoluto a qualquer preço sempre foi o objetivo da esquerda.

- Nossa solidariedade a Sérgio Moro, Lincoln Gakiya e famíliares. A CPMI assombra os inimigos da democracia.

Declaração sobre o plano para matar o senador Sérgio Moro (União Brasil), o promotor Lincoln Gakiya e familiares, desarticulado, nesta quarta (22), pela Polícia Federal.

Bolsonaro relembrou a tentativa de assassinato que sofreu na campanha de 2018, em Juiz de Fora (MG), até hoje não esclarecida.

E do então prefeito Celso Daniel (PT), de Santo André (SP), encontrado morto em janeiro de 2002, na Região Metropolitana de São Paulo, dois dias após ser sequestrado. 

Caso de um cadáver ainda insepulto. A perícia indicou que ele foi torturado e atingido com oito tiros. 

Foi sequestrado quando voltava de carro de jantar na capital paulista com o empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, seu assessor e ex-segurança, que dirigia o carro blindado que ocupavam, quando foram abordados por homens armados em três veículos. O carro foi crivado de balas e Celso raptado. Sombra saiu ileso.

Deu-se uma série de mortes.

20 dias depois morreu Paulo Henrique Brito, única testemunha do assassinato.

Paulo Henrique Brito, testemunha da morte do garçom, foi assassinado em março de 2003.

O agente funerário Iran Moraes Rédua, que reconheceu o corpo de CD, foi assassinado em dezembro de 2003.

Dionízio Severo, resgatado do presídio dois dias antes do sequestro, indicado como envolvido no crime, foi recapturado e, em abril de 2002, morreu na cadeia. 

Sérgio Orelha, amigo que abrigou  Severo, foi assassinado em 2002.

Otávio Mercier, investigador que ligou para Severo, foi morto em julho de 2003.

Legista que fez o reconhecimento do corpo de CD, Carlos Delmonte Printes foi encontrado morto em 12 de outubro de 2005.

O empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, morreu em setembro de 2016, no hospital onde estava internado. A família não quis informar a causa da morte. Sabe-se que ele lutou contra um câncer anos antes.

Autor(a): Eliana Lima