11 FEV 2025
O Brasil alcançou sua pior posição no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2024, ocupando a 107ª colocação entre 180 países, conforme divulgado pela ONG Transparência Internacional. Este resultado representa a pior nota e a mais baixa classificação do país desde o início da série histórica do índice, que começou em 2012.
A Transparência Internacional destaca vários fatores negativos que contribuíram para essa avaliação, incluindo o "silêncio reiterado do presidente Lula sobre a pauta anticorrupção". Além disso, a manutenção de Juscelino Filho no cargo de ministro das Comunicações, mesmo após seu indiciamento pela Polícia Federal (PF), e o retorno da influência dos irmãos Wesley e Joesley Batista no governo, após os escândalos de corrupção envolvendo suas empresas, foram apontados como preocupações.
Outros retrocessos mencionados incluem a renegociação dos acordos de leniência com empresas implicadas na Lava Jato, a falta de transparência e controle social no Novo PAC, além da crescente ingerência política na Petrobras. Em relação ao Congresso Nacional, a entidade critica a "institucionalização da corrupção em larga escala", evidenciada pela persistência e descontrole das emendas orçamentárias, que desafiam as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), assim como a proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Anistia aos partidos políticos.
Produzido pela Transparência Internacional desde 1995, o ranking avalia 180 países e territórios, atribuindo notas que variam entre 0 e 100; quanto mais alta a posição no ranking, menos corrupto é considerado o país.
Nesta edição, o Brasil alcançou apenas 34 pontos, ficando na 107ª posição, empatado com Argélia, Malauí, Nepal, Níger, Tailândia e Turquia.
Autor(a): BZN