15 MAI 2025
Na contramão do discurso de soberania que tanto defende, o presidente Lula da Silva (PT) surpreendeu ao pedir ao presidente-comunista chinês Xi Jinping que envie ao Brasil uma pessoa de confiança em redes sociais para ajudar na regulação das plataformas digitais. Pedido reforçado por Janja. E vem a pergunta que não quer calar: o Brasil é soberano apenas quando convém?
Não se trata de uma ajuda técnica qualquer. A China é referência mundial em censura e vigilância digital. Seu modelo é um dos mais autoritários do planeta, onde a liberdade de expressão praticamente não existe. É essa expertise que o governo brasileiro quer importar?
Enquanto democracias discutem a regulação de crimes nas redes, como discurso de ódio ou incitação à violência, o governo Lula e aliados apenas miram na oposição política, o que foi, inclusive, dito abertamente por Janja sobre a bronca do que generaliza “extrema direita”. A intenção de regular o debate público não parece voltada a coibir o crime, mas a calar vozes incômodas, especialmente da direita.
É no mínimo contraditório: Lula diz defender a democracia, mas recorre a um regime autocrático para aprender a lidar com o que não controla. Em nome da ordem, ameaça-se a liberdade garantida pela Constituição, que assegura o direito à manifestação do pensamento.
Regular conteúdo criminoso é necessário. Silenciar divergências, não. Se o Brasil quer se manter soberano, deve discutir seus problemas à luz da Constituição, e não à sombra de regimes que fazem da censura um método de governo.
Autor(a): BZN
Farra dos consignados: INSS firmou acordos com 91 bancos envolvidos em fraudes e
15 MAI 2025