Em relatório recente, o BTG Pactual, maior banco de investimentos da América Latina, destacou preocupações significativas sobre o risco fiscal no Brasil e seus potenciais impactos na economia.

Sobre o Real, banco projeta que, em um cenário adverso, o dólar pode ultrapassar R$ 7,00, encerrando 2025 em R$ 7,10 e alcançando R$ 7,30 em 2026. Depreciação cambial que reflete as incertezas fiscais e a percepção de aumento do risco país. 

No cenário do impacto no Mercado de Ações, traçou cenários para o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira. Em um contexto de elevado risco fiscal, sem melhorias nos indicadores, o Ibovespa poderia registrar uma queda de até 28% em 2025. Por outro lado, uma melhora nas condições fiscais poderia levar o índice a alcançar 155 mil pontos. 

O relatório aponta que, diferentemente de outros países, as taxas de juros reais de longo prazo no Brasil têm aumentado, elevando o prêmio de risco. Essa tendência é atribuída ao aumento da percepção de risco fiscal e à desconfiança quanto ao cumprimento das regras fiscais para 2025. 

Ou seja! 

O BTG atenta que a deterioração do risco fiscal no Brasil está pressionando o mercado de ações e contribuindo para a desvalorização do real. 

A implementação de medidas que sinalizem claramente o compromisso do governo com a sustentabilidade fiscal é essencial para reduzir o prêmio de risco e promover a estabilidade econômica.

Autor(a): Eliana Lima