O "Julho Amarelo" é uma campanha dedicada ao combate às hepatites virais no país. Para isso, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS Natal) desenvolverá durante todo este mês diversas atividades nas UBSs do município com a intenção de conscientizar e alertar sobre os riscos de doenças.

Além de atendimento médico, as UBSs de Natal desenvolverão atividades alusivas ao tema da campanha, como palestras e testes rápidos que podem detectar as infecções do tipo B ou C. A abertura da campanha acontece nessa quinta-feira (6), na Unidade de Saúde Nazaré, das 9h às 12h, com roda de conversa sobre as hepatites, além de vacinação, atendimento médico, testagem rápida para as doenças e distribuição de preservativos.

Por se tratarem de infecções que atingem o fígado, as hepatites virais podem causar alterações leves, moderadas ou graves nos indivíduos. Essas infecções podem ser silenciosas e não apresentarem sintomas, mas sinais como cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras podem denunciar a presença de algum tipo de hepatite.

"A importância da campanha é reforçar os cuidados com as hepatites virais, como também incentivar a vacinação e a testagem para diagnóstico precoce e tratamento adequado das hepatites, doenças silenciosas que se não tratadas a tempo podem causar sérios problemas à saúde como cirrose ou câncer hepático e, até mesmo, levar à morte", comenta Tayane Oliveira, coordenadora do Núcleo Municipal de IST/Aids e Hepatites Virais da SMS Natal.

As hepatites são infecções causadas por vírus classificados de acordo com as letras do alfabeto. No Brasil, existem três tipos mais comuns, a hepatite A, a hepatite B, e a hepatite C. As hepatites do tipo A e B possuem vacinas disponíveis de forma gratuita nas unidades de saúde do município. A hepatite A,  também conhecida como “hepatite infecciosa”, está diretamente relacionada às condições de saneamento básico e de higiene pessoal. Geralmente é uma infecção leve e se cura sozinha, porém o curso sintomático e a letalidade aumentam de acordo com a idade.

Já a hepatite B, não tem cura, mas possui tratamento disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A infecção causada pelo vírus do tipo B, têm um maior índice de transmissão por meio de via sexual e por não apresentar sintomas, pode se desenvolver por décadas antes de ser identificada.

A infecção pelo vírus do tipo C não possui vacina, mas o SUS oferece o tratamento para a doença, que pode se desenvolver de duas formas, na forma aguda ou crônica, sendo esta segunda a forma mais comum e se caracteriza por um processo inflamatório persistente no fígado.

As infecções causadas pelos vírus das hepatites B ou C frequentemente se tornam crônicas. Tayane reforça fatores que podem contribuir para a infecção por estas hepatites. "Alguns fatores aumentam o risco para a hepatite B, como relação sexual desprotegida, compartilhamento de agulhas e seringas, tatuagens, piercings, reutilização ou falha de esterilização de equipamentos médicos ou odontológicos, da mãe para o filho durante a gestação ou parto. Para a hepatite C;  transfusões de hemoderivados de doadores não rastreados com anti HCV, uso de drogas intravenosa, transplantes de órgãos, hemodiálise, transmissão vertical, exposição sexual e ocupacional podem contribuir para a infecção pelo vírus".

Vacinação

Durante todo o mês de julho, o Projeto “Vacinando com Natal” também intensifica a imunização com as vacinas contra as hepatites. O projeto realiza o Dia D de vacinação neste sábado (8), com diversas UBSs abertas das 8h às 12h, além dos pontos extras de vacinação dos Shoppings MidWay Mall, Partage Norte Shopping e Via direta, que funcionam das 15h às 20h.

Autor(a): Redação