Saúde

Câncer e mortes em família do RN. Um alerta para saber sobre a possibilidade de síndrome rara e hereditária

04 SET 2023

Foto: Clínica Oncológica

Uma leitora do BZN ficou impressionada com a triste história do economista cearense Régis Mota, que morreu em decorrência de câncer após enterrar três filhos.


Ela contou sobre o caso de uma família que mora próxima à casa da sua mãe, no Jardim Lola, em São Gonçalo do Amarante (RN).


Em pouco tempo, morreram mãe, duas filhas e um neto. Todos de câncer.


Régis, sem saber que era portador da síndrome hereditária rara Fraumeni (LFS), teve três filhos. Todos desenvolveram vários tipos de cânceres, e ele também. Diante da tragédia que se abateu sobre ele e sua família, resolveu compartilhar seu cotidiano com os filhos e alertar sobre a doença. O Instagram continua ativo.


Ele não tinha sintoma e desenvolveu o câncer após os filhos adoecerem. Régis falava sobre a importância das pessoas procurarem saber se são portadoras da síndrome, para evitar repassar aos filhos.


Segundo o site da Clínica Oncológica, a síndrome de Li-Fraumeni é causada pela alteração no gene TP53 de caráter hereditário, que enfraquece a habilidade das células de controlar diversos sistemas vitais. A síndrome é rara e autossômica dominante, ou seja, o pai ou a mãe pode transmiti-la para os filhos.


Os portadores da síndrome de Li-Fraumeni têm cerca de 50% de risco de desenvolver câncer antes dos 30 anos, e 90% deles têm câncer antes dos 70 anos. 


Quando  a síndrome se manifesta na infância, os pacientes são mais propensos ao surgimento de mais de um tipo de câncer na vida ou de apresentar mais de um câncer quando sentirem os sintomas típicos.


Pessoas portadoras da síndrome de Li-Fraumeni já nascem com uma cópia deste gene corrompido (pode ser tanto a cópia materna quanto a paterna) em cada célula do corpo e têm um risco maior de desenvolver a doença em qualquer fase da vida.

Autor(a): Eliana Lima



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