22 MAI 2023
Revoltante. É a palavra mais usada nas redes sociais diante da capa do jornal espanhol Superdeporte, da cidade de Valência, nesta segunda-feira (22).
Exalta o Mestalla, estádio do clube Valencia, onde o jogador brasileiro Vinicius Júnior foi alvo de racismo na partida do Real Madrid contra o Valencia, domingo (21).
Na manchete, trata o Mestalla como “de primeira", e diz para Vini "não provocar", em relação ao gesto feito pelo atacante ao sair de campo e fazer o '2' com os dedos, em referência por estarem lutando para não descer à Segunda Divisão.
Em outra frase, o jornal diz para Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid, "não mentir". O italiano deu forte declaração após a partida criticando a La Liga por falta de ações efetivas com os recorrentes casos de racismo sofridos por Vini.
Abaixo da manchete, o jornal espanhol conta que a expulsão do brasileiro foi motivada porque ele acertou o rosto de Hugo Duro -- a ação aconteceu após o caso de racismo -- e cita que o atacante "se revoltou" contra um jornalista do Superdeporte.
A revolta propalada pela publicação aconteceu após o repórter perguntar se o atleta iria pedir perdão por ter provocado o Valencia e Vini reagiu perguntando se o jornalista era "tonto".
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O jornal tratou o caso de racismo como "isolado", o que é corroborar com o escárnio.
Grande parte dos torcedores entoou o grito de "mono", que significa "macaco", contra o jogador.
Existem pelo menos dez processos por ataques racistas contra Vini na La Liga.
Vini Jr. se desentendeu com o goleiro Mamardashvili e sofreu um mata-leão do jogador Hugo Duro, e, já livre, acertou o rosto do adversário, e foi expulso pelo juiz da partida.
Vini chora diante dos gritos de “macaco”:
Autor(a): Eliana Lima