Operação interestadual revela falhas na gestão de bens públicos e mobiliza investigações conjuntas.

Na noite desse sábado (8), uma operação conjunta entre as Polícias Civis da Paraíba e do Paraná resultou na apreensão de um veículo supostamente pertencente ao Fundo Municipal de Saúde da Prefeitura de Assú, no Rio Grande do Norte. 

O automóvel, um Volkswagen Gol branco de placa QGT-5J52, foi interceptado na cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná, durante ação coordenada pelas delegacias especializadas Draco e Dearme da Paraíba, em conjunto com as unidades Cope e Denarc do Paraná.

Segundo informações da PCPB, o carro foi flagrado transportando mais de 250 kg de maconha, além de um fuzil e uma espingarda de repetição calibre .12. Durante a operação, três suspeitos foram detidos, dentre os quais um é apontado como líder da organização criminosa, outro, já conhecido por envolvimento em assaltos a bancos, e um terceiro acusado de atuar no transporte do entorpecente.

O fato de um veículo, utilizado supostamente para o transporte de pacientes e registrado como parte da frota oficial do Fundo Municipal de Saúde, estar envolvido em uma operação de tráfico de drogas levanta sérias dúvidas sobre a segurança e o controle dos bens públicos na gestão municipal. 

Até o momento, a Prefeitura de Assú não se pronunciou oficialmente, e a possibilidade de clonagem da placa ou de irregularidades na alienação do veículo ainda está sob investigação.

Especialistas em segurança pública dizem que o caso evidencia não apenas a sofisticação das operações de tráfico interestadual, mas também a vulnerabilidade de ativos públicos que podem ser desviados para fins ilícitos. “A utilização de bens oficiais para atividades criminosas, seja por fraude ou negligência, compromete a imagem da administração e impacta diretamente a prestação de serviços essenciais à população”, destacou um analista de segurança, que preferiu não se identificar.

Autor(a): BZN