Política

Cobiçado mandato de dois recentes mortos na Câmara dos Deputados. O próximo a assumir

18 MAI 2020

Foto: Foto que Ricardo Silva postou no Facebook no dia em que Luiz Flávio Gomes morreu

No dia 1º de abril último, o então deputado federal licenciado Luiz Flávio Gomes (PSB-SP) perdeu a guerra para a leucemia, aos 62 anos.

E hoje (18), morreu o primeiro suplente que assumiu o mantado: Luiz Lauto Filho (PSDB-SP), aos 41 anos, em decorrência de parada cardíaca.

Assumirá a cadeira o segundo suplente, Ricardo Silva, 35 anos, do PSB paulista.

O mandato cobiçado

Esse mandato tem uma breve história de cobiça. Luiz Lauro corria o risco de perdê-lo na Justiça.

Vamos à história:

No dia 17 de fevereiro deste ano de 2020, Luiz Flávio Gomes se licenciou para tratamento de saúde e o segundo suplente, Ricardo Silva (PSB-SP), de Ribeirão Preto, assumiu sua cadeira.

Isso porque Luiz Lauro Filho, então (PSB-SP), estava na cadeira do deputado federal Jefferson Campos (PSD-SP), que se licenciou no dia 17 de dezembro de 2019, mas voltou no dia 18 de abril último.

Com a morte de Luiz Flávio no dia 1º de abril e a volta de Campos no dia 18 de abril, Luiz Lauro assumiu a titularidade no dia 19. Saiu, portanto, Ricardo Silva, que ficou a ver navios.

Só que Luiz Lauro era primeiro suplente da coligação PSB/PSC/PPS/PTB, nas eleições de 2018. Mas no dia 12 de dezembro, poucos dias antes de assumir a vaga de Jefferson Campos, ele se filiou ao PSDB, diante de um processo de expulsão 'amigável' pelo PSB de Campinas.

De olho no mandato, o PSB questionou no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a posse de Luiz Lauro. As executivas estadual e nacional da legenda questionaram a expulsão e afirmram que a iniciativa não poderia partir do diretório municipal, e que teria sido feito à revelia.

O processo no TSE solicita a perda da cadeira de Luiz Lauro por infidelidade partidária, à espera da decisão do ministro Edson Fachin, que hoje (18) passou a presidência da Corte Eleitoral para o ministro Luis Roberto Barroso e passou para a vice-presidência. 

No último despacho de Fachin, em 27 de março, ele determinou que as partes sejam ouvidas em videoconferência, devido o isolamento com a pandemia do novo coronavírus.

Agora a cadeira deve ficar com Ricardo Silva mesmo, já que é o segundo suplente do PSB. 

A ver.

Autor(a): Eliana Lima



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