Política

Comissão de Educação visita CMEI sem atividades por alagamento das salas de aula

12 JUN 2024

Foto: Elpídio Júnior

A Comissão de Educação da Câmara Municipal de Natal visitou, nessa terça-feira (11), o Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Claudete Costa Maciel e a Escola Municipal Professora Tereza Satsuqui Aoqui de Carvalho, ambos no bairro Pitimbu, zona Sul da cidade.

No CMEI, o vereador Daniel Valença, presidente da Comissão, foi informado que as aulas estão suspensas desde o dia 7 de junho, para as 390 crianças de 2 a 5 anos de idade atendidas pela unidade. 

O motivo foi apontado pela diretora pedagógica do CMEI, Wilza Flávia de Lima Cruz: o teto de concreto, original da estrutura inaugurada em 1980, está com rachaduras e ferragens expostas. As infiltrações fazem as salas de aula alagar, e as instalações elétricas pipocarem, em dias de chuva. De acordo com a representante dos pais de alunos, a dona de casa Priscila Batista, a Secretaria Municipal de Educação, já recebeu 71 ofícios enviados desde 2023, relatando esse e outros problemas do CMEI.

Hoje, uma empresa contratada pela SME enviou dois operários para limpar o teto e verificar as instalações elétricas. Sem previsão de reparo definitivo, apesar de uma placa na porta da unidade indicar uma obra orçada em mais de um milhão de reais que deveria ter sido executada até outubro do ano passado.

“As crianças, professores e funcionários estão correndo risco de vida aqui. Impressiona a prefeitura a Prefeitura de Natal ter R$ 5 milhões em créditos suplementares para fazer uma estátua religiosa no conjunto Parque das Dunas e não ter esse recurso para fazer uma reforma numa escola com uma estrutura física com décadas de desgaste, mas um corpo docente muito compromissado. Vamos provocar Secretaria de Educação e o Ministério Público. É de dar dó o que a gente tá vendo aqui”, disse o vereador.

Já na Escola Municipal Professora Tereza Satsuqui Aoqui de Carvalho, o vereador foi recebido pelos professores, que relataram deficiências em relação ao desconforto ambiental de metade das salas de aula, que são muito quentes, e à falta de vestiários e espaços para descanso para professores e para 300 crianças que lá estudam em regime de tempo integral.

“Aqui a principal questão gira em torno do debate sobre educação integral, que não é só ter aulas pela manhã e à tarde. Estamos falando de um modelo de educação em que o estudante deve ter acesso tanto a conteúdos tradicionais quanto a atividades complementares, para desenvolver todas as potencialidades da criança no próprio ambiente escolar. Mas, o que nós vimos aqui é que está sendo colocado em prática apenas a duplicação do horário”, resumiu o vereador.

Autor(a): BZN



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