Polícia

Detalhes sobre os disparos desferidos por Ivênio Hermes na casa do vizinho. Teve outra arma?

09 NOV 2021

Foto: Reprodução vídeo Via Certa Natal: imagem das balas na parede da casa da vítima

Responsável pelas análises criminais da Secretaria de Segurança Pública do RN (Sesed), Ivênio Hermes foi preso na noite ontem (9), em flagrante, por invadir a casa do vizinho, no bairro de Ponta Negra, em Natal, e disparar vários tiros da sua arma. Ele que faz campanha pelo desarmamento, diga-se.

O descontrole teria sido motivado pela brincadeira do filho do vizinho, o uruguaio Pablo Sanchez, de apertar repetidas vezes a campainha da casa de Ivênio.

Ao delegado Francisco das Chagas, a vítima relatou que estava no jardim da sua casa regando as plantas com a filha de 1 ano e 4 meses e ouviu o grito de meninos: “Ele vai matar a gente”. Um deles era o seu filho.

Imediatamente Sanchez entrou em casa para proteger a família, quando ouviu os tiros. Depois Ivênio foi para a esquina, empunhando a arma. 

Ao acionar o 190, PMs foram ao local. Na casa da vítima coletaram os projéteis e encontraram um fone de ouvido do acusado, que caiu dentro do imóvel no momento dos disparos.

Sanchez disse que se Ivênio tivesse ido à sua casa para conversar sobre o incômodo o problema seria resolvido na paz.

A arma

Os tiros foram de munição 38 Special, disparados de um revólver .38, com capacidade para seis balas. Arma que foi apreendida, registrada no nome de Ivênio. A vítima acredita que teve tiro de pistola.

Detalhe: foram encontradas, e apreendidas, quatro munições deflagradas de uma arma de fabricação desconhecida.

A TV Tropical foi até a casa da vítima e mostrou nove perfurações nas paredes.

Se foi apreendida uma arma devidamente registrada com capacidade para seis tiros, existia uma outra arma dos quatro disparos de arma ainda desconhecida?

O que acontecerá com Ivênio?

Atualização: o secretário Francisco Araújo (Sesed) encaminhou ao Gabinete Civil o pedido de exoneração de Ivênio.

Ainda não será exonerado do cargo na Sesed. Vai-se aguardar a apuração do estado de saúde dele.

Uma coisa é certa: vai responder criminalmente na Justiça e sua situação no cargo é considerada insustentável.

Autor(a): Eliana Lima



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