27 FEV 2020
Dados do Tesouro Nacional apontam que o ano começou com superávit primário de R$ 44,124 bilhões - referente ao mês de janeiro. Significa um aumento real (descontada a inflação) de 41% em relação ao mesmo período de 2019 (R$ 30,030 bilhões). O resultado do primeiro mês do ano foi o melhor para o período já registrado pela Secretaria do Tesouro Nacional, na série histórica com início em 1997, informa a Agência Brasil.
O resultado primário é formado por receitas, menos despesas, sem considerar os gastos com juros. Neste ano, a meta para o resultado primário é de déficit de R$ 124,1 bilhões.
Em janeiro, a receita líquida (descontadas as transferências para estados e municípios) chegou a R$ 151,691 bilhões, com aumento 6,4% em relação ao mesmo mês de 2019. A despesa total caiu 3,3%, chegando a R$ 107,567 bilhões.
Dívida pública
De acordo com a projeção do Governo Geral (DBGG), a dívida pública deve chegar a 77,9% do PIB (Produto Interno Bruto), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, neste ano.
Indicador que considera a dívida bruta da União, de estados e municípios, a DBGG fechou 2019 em 75,8% do PIB, abaixo do resultado de 2018 (76,5%). Esse é o principal parâmetro usado para traçar comparações internacionais sobre o endividamento do país.
Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, a dívida voltará a subir neste ano porque não devem se repetir fatores que ocorrem em 2019, que foram operações cambais do Banco Central e pagamentos antecipados do BNDES ao Tesouro.
Próximo ano
A previsão para 2021 é 78,2%; para 2022, 78,8%, com pico de 79,4% em 2023.
Para o Mansueto, a redução do endividamento “pressupõe a continuidade do ajuste fiscal e a aprovação de reformas estruturais”. Com informações da Agência Brasil.
Autor(a): Eliana Lima