Esportes

Covid: morre o presidente da Chapecoense, aos 59 anos

30 DEZ 2020

O Chapecoense sofre mais um baque: morreu hoje (30) o presidente do clube catarinense de futebol, Paulo Ricardo Magro, aos 59 anos, em decorrência dos efeitos de covid-19. 

Ele estava internado na UTI do Hospital da Unimed, em Chapecó, desde 18 de dezembro.

No Instagram, o clube fez a homenagem abaixo, com a foto aqui ao lado:

- Se tivéssemos que escolher uma palavra para descrever Paulo Ricardo Magro, seria coragem. Foi com e por ela, afinal, que o presidente assumiu o comando da Chapecoense no momento em que o clube era desacreditado pela maioria. Mas não por ele: Paulo, que nunca teve medo de trabalho, arregaçou as mangas e, de forma incansável, tratou de se tornar o autor de mais um capítulo de reconstrução da nossa história.

Ele nos devolveu a esperança. Fez com que acordássemos, diariamente, crentes na existência de dias melhores e renunciou de muitas coisas para garantir que eles chegassem.

Por tudo isso - pelas palavras de sabedoria quando muitos calaram, pela fé inabalável quando muitos duvidaram e por provar, todos os dias, o poder revolucionário do simples ato de amar a Chapecoense, Paulo merecia, mais do que qualquer pessoa, assistir às nossas conquistas e participar da colheita dos frutos da sua confiança, da sua persistência, do seu trabalho.

Quisera o destino, no entanto - em mais uma das suas peças inexplicáveis e carregadas de incredulidade -  que a partida de Paulo acontecesse muito antes do apito final. Ele não estará fisicamente presente quando, finalmente, pudermos nos abraçar para celebrar a conquista dos nossos objetivos. Mas sabemos que, agora, Paulo nos acompanhará das arquibancadas de um lugar melhor, ao lado de pessoas que, outrora, nos inspiraram e permitiram que sonhássemos alto e, principalmente, acreditássemos no nosso poder de realizar.

Daqui pra frente, mais do que nunca, a nossa força vem de cima e as nossas conquistas serão por você.

Muito obrigado, Paulo. Pra sempre presidente.

Em tempo

Em 2016, no dia 29 de novembro, o clube sofreu uma tragédia que comoveu o mundo: o avião que levava a delegação do time, convidados e jornalistas, para o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, caiu nas proximidades de Medelin, deixando 71 mortos, seis sobreviveram.

Até hoje as famílias das vítimas cobram pelos seguros da companhia áerea LaMia, da Bolívia, contratada para o transporte dos passageiros.

Sobreviventes

Entre os seis que sobreviveram, três eram do elenco do time, um jornalista e dois eram da tripulação do voo.

Alan Ruschel - voltou a jogar.

Jakson Follman (goleiro) - teve a perna direita amputada. Foi nomeado embaixador da Chapecoense e é exemplo de superação.

Neto (zagueiro) - passou por cirurgias e tenta voltar a jogar futebol.

Rafael Henzel - único sobrevivente entre os 20 profissionais de imprensa, retornou ao trabalho meses depois, no início do ano seguinte. Mas em março último morreu de infarto fulminante enquanto jogava futebol com amigos.

Erwin Tumiri (técnico da aeronave) - o boliviano tenta ser piloto comercial de aviões.

Xemena Suarez (aeromoça boliviana) tenta retomar a vida de antes do acidente. Atua como agente de tráfego aéreo em seus país e tenta voltar a voar como tripulação.

Autor(a): Eliana Lima



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