Economia

Crédito do Trabalhador: endividamento disfarçado que pode comprometer seu FGTS

25 MAR 2025

Foto: Instagram @lulaoficial

É preciso alertar os trabalhadores sobre a arapuca que ele pode cair usando o tal Crédito do Trabalhador, nova modalidade de empréstimo consignado que o governo federal lançou para endividar os trabalhadores do setor privado com carteira assinada na forma iludida de empréstimo com juros baixos.

O projeto é bom para os bancos, que faturam alto, e para o governo, que consegue o dinheiro circulando. À custa do endividamento de inocentes.

A ‘iniciativa’ do governo permite que os empregados utilizem até 10% do saldo do FGTS e 100% da multa rescisória como garantia para obter empréstimos com taxas de juros mais baixas. 

Para solicitar o empréstimo, o trabalhador precisa aderir ao saque-aniversário do FGTS. Isso significa que ele abre mão do saque-rescisão (que ocorre quando há demissão sem justa causa).

Empréstimo antecipado

Algumas instituições financeiras permitem antecipar até 5 anos do saque-aniversário, ou seja, o trabalhador recebe o dinheiro de forma antecipada e o banco desconta os valores diretamente do FGTS nos anos seguintes.

O pagamento do empréstimo acontece automaticamente no mês do saque-aniversário, sem precisar de boletos ou cobranças extras. O banco retira o valor diretamente da conta do FGTS. Entenderam?

É deixar os bancos meterem a mão na sua mais preciosa poupança.

O governo fala em taxas de juros menores que empréstimos tradicionais, que não comprometem o salário mensal porque o pagamento sai do próprio FGTS, além dos olhos que crescem ainda mais com o acesso ao dinheiro rapidamente.

Mas esconde dos trabalhadores que ele perde o direito ao saque total em caso de demissão sem justa causa, podendo retirar apenas a multa rescisória de 40%. E que reduz o saldo do FGTS para outras emergências, como a compra da casa própria.

Autor(a): BZN



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