O alerta é do Idema. Diz que é alta a incidência de caravelas-portuguesas nas praias dos litorais potiguares.

Biólogos do Instituto aconselham cautela nesse período do ano e orienta banhistas a não tocarem no animal marinho, que é constante nessa época de mudanças de ventos e de correntes marítimas, no mar e na faixa de areia de praias. 

Então, todo cuidado é pouco durante caminhadas nas praias ou no banho de mar.

Pepresentante do Sindicato dos Bugueiros Profissionais do RN (SindBuggy-RN), Hertz de Moura Medeiros atenta que localizou uma quantidade considerável de caravelas nos trechos de Pirangi do Sul, Pirambúzios e Búzios.

Em contato com o Idema, disse:

- Ao fazer o roteiro do litoral Sul, em direção à Praia de Pipa, encontrei muitas caravelas na faixa de areia dessas praias, mas, nas de Barreta e Malembá não houve registro. É importante repassar a mensagem para a população, pois muita gente não conhece, pode se confundir com plástico ou, por descuido, acabar se machucando também.

Segundo ele, moradores, inclusive, pediram para os carros pararem e assim orientar os banhistas sobre a presença de caravelas. 

Biólogo e coordenador do Núcleo de Gestão de Unidades de Conservação do Idema, Rafael Laia sugere:

- Em períodos reprodutivos, de mudanças de ventos e de correntes marítimas, a densidade de caravelas-portuguesas, nas praias que frequentamos, pode aumentar o número de acidentes com banhistas. Ela aparenta ser um único indivíduo, mas na verdade é um conjunto de organismos que vivem em colônia. Possuem a cor azul, rosa ou roxa, e tentáculos urticantes utilizados tanto para se alimentarem quanto para se defenderem. Em contato com a pele, esses tentáculos podem provocar queimaduras de até terceiro grau.

Alerta que a espécie também modifica sua cor natural e outras características em razão do desgaste, aparentando muitas vezes o formato de um plástico-bola.

O Idema recebeu também informação de moradores de Maracajaú, no litoral norte, sobre a incidência de caravelas.

Caravela-portuguesa

Apesar de chamar-se portuguesa, a caravela vive nas águas tropicais dos oceanos. Seu nome popular é em razão da aparência desses organismos, que têm uma parte do corpo que flutua, lembrando as embarcações de Portugal do passado.

Autor(a): Eliana Lima