Política

Culturão Vermelho: festas e shows para eleitorado valem mais que saúde e educação

22 AGO 2025

Foto: Redes sociais

O caso da vereadora Brisa Bracchi (PT), que destinou R$ 18 mil para o Rolé Vermelho - Bolsonaro na cadeia, na Casa Vermelha, e R$ 29.600 para o Vermeillon, também na Casa Vermelha, expõe o que o BZN chama de “Culturão Vermelho”: o uso do dinheiro público para fins ideológicos e eleitoreiros em detrimento de áreas essenciais.

Brisa não está sozinha. Em 2025, os vereadores de Natal aprovaram mais de R$ 26 milhões em emendas impositivas, sendo que cerca de 60% foram destinados a festas, cultura e lazer, enquanto a saúde recebeu apenas R$ 668 mil e a educação, menos ainda: R$ 81 mil para educação infantil e R$ 221 mil para educação ambiental. É a lógica do Culturão.

Outros parlamentares do PT seguem o mesmo padrão. O vereador Daniel Valença destinou emenda de R$ 156,2 mil para festas tradicionais e festejos populares. Embora se destaque por cobranças em defesa da saúde e educação, o BZN não encontrou registro de emendas do petista específicas em seus nomes direcionadas exclusivamente a essas áreas até agora.

A deputada Isolda Dantas destinou R$ 50 mil para a Quadrilha Lume da Fogueira e R$ 200 mil para o Festival Mais Mulheres na Cultura. A deputada federal Natália Bonavides destinou em 2022 R$ 500 mil e R$ 150 mil em 2024 para “Promoção e Fomento à Cultura Brasileira no RN”. O colega Fernando Mineiro foi de R$ 500 mil, em 2024, para “Promoção e Fomento à Cultura Brasileira no RN”.

Enquanto eventos e festas consomem milhões, hospitais permanecem superlotados, escolas carecem de infraestrutura e a população paga o preço da má gestão. O caso Brisa Bracchi precisa resultar em cassação de mandato e servir de alerta: o dinheiro público deve priorizar coletividade, especialmente também a cultura, verdadeira, não agendas ideológicas e festas para eleitores.

Autor(a): BZN



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