13 NOV 2023
O jornal Estadão revela nesta segunda-feira (13) que integrantes do ministério de Flávio Dino receberam, em duas audiências, Luciane Barbosa Farias, esposa de Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas, líder da facção criminosa Comando Vermelho no Amazonas.
Segundo o jornal, Luciane, conhecida como a “dama do tráfico amazonense”, esteve no Ministério da Justiça no dia 19 de março, para audiências com Elias Vaz, secretário Nacional de Assuntos Legislativos de Flávio Dino; e em 2 de maio, para audiência com Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), sob a justificativa de apresentar “denúncias de revistas vexatórias” no sistema prisional amazonense. Ocasião em que apresentou um “dossiê” sobre as violações de direitos fundamentais e humanos nas prisões do estado.
Na legenda da foto que postou no Instagram, escreveu, sem especificar a que votação se referia: “Em resultado destas reuniões o primeiro passo foi tomado em prol aos familiares visitantes de reclusos onde as revistas vexatórias estão em votação com maioria favorável para ser derrubada!”.
O Estadão informa que Luciane se reuniu também com a diretora da Ouvidoria Nacional de Serviços Penais (Onasp), Paula Cristina Godoy; e com Sandro Abel Sousa Barradas, diretor de Inteligência Penitenciária da Senappen.
Detalha: Casada há 11 anos com Clemilson, Luciane e o marido foram condenados em segunda instância por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa. Sentenciada a dez anos de prisão, a “dama do tráfico amazonense” responde em liberdade.
O Ministério Público do Amazonas diz que ela “exercia papel fundamental também na ocultação de valores oriundos do narcotráfico, adquirindo veículos de luxo, imóveis e registrando ‘empresas laranjas’.”
Nota do Ministério da Justiça ao jornal:
- No dia 16 de março, a Secretaria de Assuntos Legislativos (SAL) atendeu solicitação de agenda da ANACRIM (Associação Nacional da Advocacia Criminal), com a presença de várias advogadas.
A cidadã mencionada no pedido de nota não foi a requerente da audiência, e sim uma entidade de advogados. A presença de acompanhantes é de responsabilidade exclusiva da entidade requerente e das advogadas que se apresentaram como suas dirigentes.
Por não se tratar de assunto da pasta, a ANACRIM, que solicitou a agenda, foi orientada a pedir reunião na Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).
A agenda na Senappen e da ANACRIM aconteceu no dia 2 de maio, quando foram apresentadas reivindicações da ANACRIM.
Não houve qualquer outro andamento do tema.
Sobre atuação do Setor de Inteligência, era impossível a detecção prévia da situação de uma acompanhante, uma vez que a solicitante da audiência era uma entidade de advogados, e não a cidadã mencionada no pedido de nota.
Todas as pessoas que entram no MJSP passam por cadastro na recepção e detector de metais.”
Em tempo
O Estadão lembra que o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) havia recebido Sayid Marcos Tenório, extremista anti-Israel que zombou de uma mulher israelense, Naama Levy, sequestrada pelo Hamas.
Detalha:
“Tenório era assessor do deputado federal Marcio Jerry (PCdoB-MA) e foi demitido após O Antagonista ter publicado matéria sobre seu comentário. Depois, O Globo registrou que ele atuou como lobista de Irã e Hezbollah no Brasil.
Como também mostramos, “é cada vez mais forte o nexo entre crime e terror”. Desde 2019, pelo menos, a conexão entre Hezbollah e Comando Vermelho é investigada.
Desde o mensalão, porém, o governo Lula nunca sabe de nada…
Autor(a): BZN
Lei do deputado Gustavo Carvalho assegura acompanhante para mulheres em consulta
28 NOV 2024