19 OUT 2023
Desde que me entendo por gente que ouço e assisto sobre tragédias recorrentes que ocorrem em países africanos.
Além de doenças que matam multidões. Crianças que morrem diariamente por falta de água e alimento. Milhões de refugiados em sofrimento desolador.
E não vejo comoção do mundo e nem de grandes potências, como quando ocorrerem em países, digamos assim, influentes.
Não é a vida humana que interessa. Pessoas são pessoas, independente de cor, religião, pobres e ricos. Mas.
Um dos dramáticos exemplos na África ocorre na região sudanesa de Darfur, onde assassinatos, violações coletivas e execuções em massa são realidade diária.
Os horrores de hoje são semelhantes aos que ocorreram há 20 anos, em 2003, quando o ditador Omar al-Bashir fez “limpeza étnica”.
Em 2003, rebeldes desconhecidos atacaram os prédios do governo numa aldeia nas montanhas Jebel Marra e se autoproclamaram Exército de Libertação do Sudão (SLA, sigla em inglês).
Ataques que desencadearam a resposta do governo de Cartum gerando uma violência em massa contra as comunidades não árabes de Darfur. Desde então, tensões entre as comunidades árabes e não árabes têm aumentado.
A população vive em meio a patologias como má nutrição, infecções urinárias devido à água suja; doenças da pele devido à falta de água e as infecções respiratórias sazonais.
Crianças foram mortas e mutiladas à medida que suas escolas eram atingidas por bombardeios. Pessoas que chegam a locais seguros enfrentam angústia psicológica aguda.
E Sudão enfrenta hoje maior crise de deslocamento interno do mundo.
Quem aqui tem conhecimento de horrores que acontecem em países africanos e asiáticos, como o Paquistão?
De acordo com a ONU, na última década, o número de refugiados na África Oriental quase triplicou, de 1,82 milhão, em 2012, para cerca de 5 milhões atualmente, incluindo 300 mil novos refugiados só em 2021.
Agência Fides
Autor(a): Eliana Lima