Política

Deprimente cenário de aglomeração na CEF do Alecrim

02 MAI 2020

Foto: Canindé Soares

O fotógrafo Canindé Soares registrou hoje (2) a insustentável aglomeração de pessoas na agência da Caixa Econômica do Alecrim, em Natal, em busca do auxílio emergencial liberado pelo governo federal.

Muitos sem máscaras, contrariando a determinação do prefeito da capital dos magos-doentes, Álvaro Dias, da obrigatoriedade em vias públicas nesses tempos do coronavírus.

Em coletiva de imprensa, hoje (2), o secretário estadual de Saúde, Cipriano Maia, disse que as "aglomerações em frente aos prédios da Caixa Econômica preocupam o Governo do Estado".

E que a Sesap está "intensificando junto ao banco medidas para evitar as aglomerações e agilizar os atendimentos". 

Ora, pois

Já é sabido desde a liberação da primeira parcela do auxílio do risco iminente, que se confirmou: a aglomeração de pessoas na busca desesperada por dinheiro para se manterem vivas.

Ou seja: não adoecer, ou morrer, de fome.

Por que, então, prefeituras municipais e o governo estadual não se uniram desde antes e providenciaram medidas para evitar a aglomeração?

Poderiam, por exemplo, colocar policiais militares e guarda municipal nas portas das agências, delimintando distanciamento (assim como acontece dentro das agências), distribuindo máscara, organizando o cenário perigoso.

Por que, também por exemplo, não mantiveram contato com os responsáveis pelas Forças Armadas no estado e não solicitaram ajuda?

Estão esperando o quê? A tragédia anunciada?

Não quero crer que a ausência de atitude seja apontar o dedo para a culpa exclusiva do governo federal.

Certamente algumas dessas pessoas que se aglomeraram em busca do dinheiro do alimento vão adoecer por causa do inimigo invisível que se chama coronavírus. 

Certamente algumas que tentaram não morrer de fome vão morrer pelos crueis sintomas que esse vírus provoca.

Triste Brasil nosso de política. 

Autor(a): Eliana Lima



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