01 MAR 2025
A gestão da ex-presidente brasileira Dilma Rousseff à frente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como o Banco dos Brics, tem sido alvo de críticas crescentes. Relatórios internos apontam que a instituição enfrenta atrasos no cumprimento de metas estratégicas, além de relatos de um ambiente de trabalho hostil, marcado por denúncias de assédio moral, segundo o jornal Folha de SP.
Desde que assumiu o cargo em março de 2023, Dilma Rousseff tem enfrentado dificuldades para impulsionar o crescimento do banco. O plano estratégico da instituição previa a ampliação do volume de empréstimos e a adesão de novos países-membros, mas os avanços têm sido lentos.
De acordo com fontes internas, os investimentos realizados pelo banco nos últimos meses ficaram aquém das projeções. O NBD foi criado para financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável em países emergentes, mas a burocracia e entraves políticos teriam dificultado a liberação de recursos. Além disso, o banco não conseguiu atrair novos países para integrar a instituição, algo que havia sido uma prioridade em gestões anteriores.
Assédios!
Além das dificuldades institucionais, relatos de funcionários apontam um ambiente de trabalho tenso. De acordo com ex-colaboradores, Dilma tem sido acusada de adotar um tom agressivo em reuniões, utilizando expressões como “burro” e “ignorante” para se referir a subordinados. A rotatividade de funcionários em cargos estratégicos também teria aumentado nos últimos meses, alimentando um clima de instabilidade dentro da instituição.
Um ex-funcionário que preferiu não se identificar afirmou: “O ambiente se tornou insustentável para muitos profissionais. Há uma pressão enorme e pouca abertura para diálogo. Muitos estão pedindo demissão ou sendo substituídos constantemente.”
O NBD, por sua vez, nega as acusações. Em nota oficial, a instituição afirmou que “não há registros formais de assédio moral relacionados à presidente” e que o banco segue rígidos protocolos internos para garantir um ambiente de trabalho saudável.
Resposta da presidência do banco:
- Procurada pela Folha de SP para comentar sobre as críticas, a equipe de Dilma Rousseff destacou que a estrutura do NBD “funciona com ciclos estratégicos de longo prazo”, e que as metas estabelecidas ainda estão em andamento. Também ressaltaram que a ex-presidente tem adotado uma abordagem firme para impulsionar a eficiência do banco em um cenário econômico global desafiador.
Apesar das negativas oficiais, a pressão sobre a gestão de Dilma no Banco dos BRICS tende a crescer. A instituição enfrenta desafios financeiros e políticos, e a expectativa é de que sua liderança tenha que adotar medidas concretas para evitar um impacto maior na imagem do banco.
Enquanto isso, os olhos da comunidade internacional permanecem voltados para a atuação do NBD, um pilar da cooperação entre os países emergentes, mas que agora se vê envolto em polêmicas e incertezas sobre seu futuro.
Autor(a): BZN