24 SET 2023
O ministro Flávio Dino (Justiça) considerou neste domingo (24) que a situação na Bahia “é um dos maiores desafios da segurança pública no Brasil”. Mas descarta intervenção federal.
Diz que vem conversando com o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e com o secretário de segurança, Marcelo Werner, “para que haja um aperfeiçoamento, um aprimoramento dessas ações. É um quadro muito desafiador, muito difícil. O que nós, do governo federal, fizemos neste momento foi fortalecer a presença da Polícia Federal para apoiar essas ações. Sobretudo, visando a pacificação”.
E coloca a culpa no acesso que as organizações criminosas têm a armas, afirmando que promoveu o fortalecimento dessa facções nos últimos anos.
Claro, levou a culpa ao governo Bolsonaro, “por conta de uma política errada que havia no nosso país”. Declaração feita após participar de homenagem ao padre Júlio Lancellotti, na capital paulista.
Ora, pois. Há anos que o acesso a armas de exclusividade das forças de segurança é fácil para o banditismo no Brasil. Falácia, portanto, ministro.
E após colocar a culpa no antecessor governo adversário, Dino se saiu com essa: “O mais importante neste instante, sem dúvida, não é propriamente a realização de julgamentos, são boas investigações, boas ações, para que a gente consiga ter uma situação estável pelo menos na Bahia. Hoje, sem dúvida é um dos maiores desafios da segurança pública no Brasil”.
Sangue
Após a morte de um policial federal no dia 15 de setembro, foi deflagrada na Bahia uma operação policial que já contabiliza ao menos nove mortes em situações apresentadas como confronto.
O policial participava da Operação Fauda, conduzida pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) da Polícia Federal (PF) e da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP) contra uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas e armas, homicídios e roubos.
Autor(a): Eliana Lima