12 JUL 2023
Convidado do Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), o ministro Luís Roberto Barroso (STF) foi vaiado por profissionais da área de enfermagem, nesta quarta-feira (12), no momento em que ele discursou.
Ou melhor, tentou discursar.
A imagem é do site Metrópoles, e foi luta para decodificar o que o ministro-supremo falava, devido as vaias e os gritos de protesto.
Diante do cenário, Barroso fez uma revelação um tanto grave. Reagiu às vaias bradando que os manifestantes eram “bolsonaristas”.
Após, disse: “Já enfrentei a ditadura e já enfrentei o bolsonarismo, não me preocupo”.
Aumentou os decibéis: “Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”.
A pergunta que não quer calar: “nós” quem?
A contar as controvérsias durante a campanha e as ataduras eleitorais que foram colocadas no presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição e perdeu por menos de dois milhões de votos.
É, no mínimo, estarrecedor.
Principalmente nestes tempos de atropelos à Constituição no que rege a liberdade de expressão de pensamento.
Barroso disse mais: “Saio daqui com as energias renovadas pela concordância e discordância porque essa é a democracia que nós conquistamos”.
Nova pergunta que não quer calar: quem compõem o grupo do “nós conquistamos”?
Em tempo
Os manifestantes exibiam faixa com a frase: “Barroso: inimigo da enfermagem e articulador do golpe de 2016”.
Lembrar
Que em setembro do ano passado, Barroso suspendeu o pagamento do piso salarial da enfermagem aprovado pelo Congresso Nacional sob a justificativa da falta de detalhamento das fontes de custeio. Após o governo federal liberar mais de R$ 7 bilhões para estados e municípios pagarem os valores, ele revogou a suspensão.
Autor(a): BZN
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