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Dona Militana: Google celebra o 96º aniversário da maior romanceira do Brasil

19 MAR 2021

Foto: Dona Militana - Reprodução

O Doodle de hoje, ilustrado pela artista convidada Bel Andrade Lima , comemora os 96 anos da cantora e contadora de histórias Dona Militana, cuja vasta memória de baladas medievais proporcionou um registro único de contos ibéricos e brasileiros de gerações.

Ilustração - Reprodução Google

Militana Salustino do Nascimento, também conhecida como Dona Militana, nasceu em São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, neste dia em 1925. Quando criança, Militana trabalhava no campo; plantando safras e tecendo cestos com seu pai, que cantava enquanto trabalhavam. Muitas de suas canções contavam histórias de uma era passada de reis, rainhas, guerreiros e amantes medievais – histórias que Militana nunca esqueceu.

O talento tradicional de Militana permaneceu praticamente desconhecido por décadas, até que ela foi descoberta pelo folclorista Deífilo Gurgel na década de 1990. Foi então que ela compartilhou com o mundo sua prodigiosa crônica de canções e histórias – algumas das quais com mais de 700 anos.

Carreira

Na década de 1990, o folclorista Deífilo Gurgel conheceu os cantos de Dona Militana e permitiu que o país inteiro conhecesse o talento dela. A romanceira chegou a gravar um CD triplo intitulado “Cantares”, lançado em São Paulo e Rio de Janeiro.

Críticos e jornalistas de grandes jornais brasileiros se renderam aos encantos e a peculiaridade da voz de Dona Militana. Em setembro de 2005, ela recebeu das mãos do presidente Lula a Comenda Máxima da Cultura Popular, em Brasília.

Morte

Por volta do dia 10 de junho de 2010, a cantora sentiu-se mal e foi socorrida para um hospital, onde ficou internada por alguns dias. Com uma breve melhora no quadro, recebeu alta médica e continuou sendo tratada em casa por seus filhos, já sem falar e se alimentando por meio de uma sonda gástrica. Porém, morreu em 19 de junho de 2010 em sua casa, aos 85 anos, sendo velada em casa e no Teatro Municipal Prefeito Poti Cavalcante e, sepultada, no Cemitério Público da cidade.

Autor(a): Minervino Wanderley
Fonte: Pense Numa Notícia



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