12 NOV 2023
O Jornal Nacional teve acesso ao depoimento de um dos dois investigados na operação Operação Trapiche que foram contratados pelo grupo terrorista Hezbollah para matar judeus no Brasil. A identidade não foi revelada.
Segundo o JN, ele contou detalhes da viagem ao Líbano, em fevereiro. Na capital Beirute, pegou um táxi e seguiu para o hotel, de onde foi levado por homens fortemente armados a um prédio para, segundo ele, se encontrar com o chefe da organização. No encontro, ele foi questionado se tinha capacidade para matar pessoas.
Após o interrogatório, o homem foi liberado, nessa sexta-feira (10). De acordo com o JN, ele já foi preso três vezes no Brasil, responde a dois processos por receptação. E foi absolvido em um caso de sequestro.
No depoimento, o homem disse que poderia receber inicialmente US$ 200 mil e mais um prêmio de US$ 500 mil. Falou que teria perfil de criar estrutura, recrutar pessoas, organizar tudo e outras pessoas matariam os alvos.
Detalha O Globo: Chamou a atenção dos investigadores que o roteiro da viagem narrado no depoimento é semelhante ao relato feito por outro interrogado na última quarta (8). Os dois suspeitos também receberam o mesmo valor para voltar ao Brasil: US$ 5 mil. A Polícia Federal trabalha agora pra saber se o dinheiro é um pagamento inicial pelo recrutamento e como os suspeitos foram escolhidos pelo grupo criminoso.
Os depoimentos fazem parte de uma investigação que apura a cooptação de brasileiros para a prática de atos terroristas. Desde quarta, a PF cumpriu 12 mandados de busca e apreensão em Minas, São Paulo, Goiás e no Distrito Federal. Duas pessoas estão presas e duas estão foragidas.
Autor(a): BZN