11 MAR 2020
Na Câmara, onde apresenta a deputados informações sobre as ações do governo acerca do enfrentamento ao coronavírus, o ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) disse que a declaração de pandemia não muda as medidas no Brasil. E ressaltou a importância de ampliar os recursos do órgão para o combate à disseminação do vírus.
O presidente da casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que está “à disposição” para adoção de medidas e que pretende atuar para viabilizar alocação de recursos para municípios e estados. Mas, não detalhou se mencionava uma suplementação do orçamento da saúde ou se tratava da verba já prevista para o setor.
A deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) considerou a necessidade do repasse de mais verbas para estados e municípios. “Grande preocupação que tenho é que orçamento dos estados não suporta a carga do Sistema Único de Saúde. Precisamos garantir mais recurso para média e alta complexidade”.
Leque
Para a necessidade de mais recursos, o ministro citou como exemplo o plano de garantir horário estendido para postos de saúde com uma e duas equipes, projetos chamado de Saúde na Hora 2.0. A majoração do horário de atendimento depende da adesão de municípios. O cálculo do ministério é que o programa custe até R$ 900 milhões.
Alertou
- Temos 40 milhões de brasileiros onde as espirais [de contaminação] podem ser maiores. A gente quer aumentar de 1,5 mil para 6,7 mil os postos de saúde com horário estendido. Este é um dos motivos pelos quais estou pedindo recurso, pois para fazer isso tenho impacto de quase R$ 1 bilhão.
Acrescentou que há um aumento dos custos de insumos utilizados na prevenção e nos tratamentos, como máscaras. Segundo Mandetta, o preço desse item subiu 1.800%, devido ao fato dos países do norte terem adquirido parte importante dos estoques.
Vai fazer o quê?
Rodrigo Maia disse que a direção da Câmara vai se reunir ainda hoje para definir uma norma de restrição da circulação de pessoas na Casa a partir da próxima semana. “É importante a prevenção e que Câmara possa restringir acesso, diminuir audiência, restringir acesso ao plenário a poucos assessores”.
Com informações da Agência Brasil.
Autor(a): Eliana Lima