05 JUN 2024
Em pronunciamento na tribuna, nessa terça-feira (4), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) chamou a atenção para o discurso de posse da ministra-suprema Cármem Lúcia na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E criticou a estrutura e o papel da Justiça Eleitoral no Brasil.
Segundo o parlamentar, o TSE é uma entidade "bilionária" e desnecessária, que poderia ser substituída pela Justiça Eleitoral dos estados, como ocorre em outros países.
Sobre o discurso de Cármen Lúcia, criticou a declaração de que a mentira espalhada pelas plataformas é um “desaforo tirânico contra a integridade da democracia”.
Disse: “Não sei, realmente, em que mundo ela vive, mas ninguém que tenha o mínimo de bom senso e responsabilidade pode defender qualquer mentira, seja ela feita onde for e por quem for. Para cuidar desses abusos, já existe uma farta legislação brasileira, mas, acima de tudo, numa sociedade democrática, deve prevalecer o direito à liberdade de expressão, tão assegurada por nossa Constituição, em seu artigo 5° e 220. Apesar de elaborados pelos Constituintes em 1988, continua extremamente atual e eficaz nesses tempos contemporâneos da internet e redes sociais, sim”.
Sobre Alexandre de Moraes, antecessor de Cármen Lúcia na presidência do TSE, em crítica de que ele atuou como acusador, investigador e julgador no inquérito das fake news, agindo de forma parcial, impondo 42 proibições a Bolsonaro e apenas 6 restrições a Lula, defendeu o impeachment: “Volto a dizer que esses abusos de autoridade cometidos por alguns ministros do STF ou do TSE só terão fim quando o Senado Federal finalmente deixar de ser omisso e cumprir o seu dever constitucional abrindo o primeiro processo de impeachment. Vai ser pedagógico. Análise é a única coisa que nós podemos fazer para o reequilíbrio entre os Poderes, já que foi tentado de tudo. Está faltando esse pedido de impeachment ser analisado, o que é dever constitucional nosso. Até lá temos que, pelo menos, continuar exercendo o nosso direito de fazer as devidas críticas em defesa da liberdade de expressão e da imparcialidade da Justiça brasileira”.
Autor(a): BZN
Fonte: Agência Senado