Você já parou para calcular quantos livros leu na vida? E se eu te disser que estudantes de uma escola na capital do Rio Grande do Norte chegam ter contato – seja como leitores ou ouvintes das histórias, com cerca de 2 mil livros entre o período do ensino infantil até o fundamental II? É isso que acontece na Maple Bear Natal, que possui um programa de incentivo à leitura diferenciado, baseado no modelo canadense de ensino. 

O levantamento foi feito recentemente e leva em conta o contato com a leitura desde o Bear Care (primeiro ano do infantil) até o Year 9 (9º ano do fundamental II), numa faixa etária de 1 até 15 anos de idade. Todos os anos o plano de leitura é atualizado, com livros para cada etapa do ensino. Dentro dessas etapas, há uma quantidade específica, dividida por unidades, que tratam dos mais variados temas como família, animais, corpo humano, sentimentos, ciências, literatura inglesa e portuguesa, entre outros. Os tipos de leitura também são variados: interativa, em casa, investigativa, em clubes de leitura, etc. Vale destacar que o quantitativo inclui apenas os livros literários, sem contar os livros didáticos. 

“Desde os primeiros anos da vida escolar, os alunos da Maple Bear Natal já têm contato com os livros. Eles já folheiam as páginas, observam e ouvem histórias dos professores. E isso vai evoluindo ao longo dos anos. As crianças praticam a leitura em português e em inglês e isso acaba facilitando muito o aprendizado da linguagem, da ludicidade”, disse a bibliotecária da escola, Larissa Costa. 

“Ter acesso a cerca de 2 mil livros, seja como leitor ou ouvinte das histórias, em duas línguas – Inglês e Português, ainda que em modalidades diferentes, é uma oportunidade de desenvolver habilidades essenciais para o mundo globalizado, ter acesso a informações importantes para o exercício da cidadania global”, destacou a diretora pedagógica, Thaís Almeida. 

Métodos de incentivo

Na Maple Bear Natal os estudantes vivenciam a Biliteracia, um processo cognitivo de ler para aprender que acontece em duas línguas, adquirindo o hábito e o gosto pela leitura. Com isso, é possível construir um repertório rico, utilizando estratégias importantes, como a inferência. Dessa forma, eles se expressam melhor verbalmente e também por escrito, desenvolvendo habilidades importantes para a vida, como o pensamento crítico.

Um desses exemplos é a estudante do Year 8 (8º ano), Cecilia Cascudo, de 13 anos. Ela conta que não se considerava uma boa leitora, mas foi ganhando gosto pelos livros após o contato com as histórias em quadrinhos. “Atualmente eu pego muitos livros na biblioteca. Como eu não era uma boa leitora, também não era uma boa escritora. Depois disso, percebi que meu vocabulário foi ampliado, eu passei a escrever melhor e também consegui compreender melhor o contexto das histórias”, relatou. 

Na biblioteca da escola são desenvolvidos programas que incentivam o uso desse espaço e também a leitura fora da sala de aula. Há momentos especiais em datas como o Dia Nacional do Livro Infantil, com exposições e atividades diferenciadas, e o Dia da Biblioteca Escolar, em que os alunos participam de uma “caçada”, em que as pistas são feitas a partir de livros que eles já leram durante o ano. 

Júlio Chaves, de 13 anos, aluno do Year 8, destacou que a relação dele com os livros extrapolou o limite da sala de aula e virou um hobby. “Sempre que eu estou sem nada pra fazer eu leio um livro. Gosto de mergulhar nas histórias de fantasias, que me levam para outras realidades”, disse. 

“A gente consegue ver o diferencial acadêmico na vida dos alunos, na forma como eles se portam ao utilizar o livro. Eles sabem fazer uma leitura técnica do livro, tratam a leitura de uma forma mais séria e o modo em que eles conversam entre si sobre leitura é algo fantástico de se ver”, contou Larissa Costa. 

Sobre a Maple Bear Natal

A Maple Bear Natal funciona há 14 anos na capital potiguar, oferecendo turmas de educação infantil, a partir de 1 ano de idade, até o ensino fundamental. A metodologia canadense de ensino estimula a observação, a resolução de problemas e a tomada de decisões. São atividades que contribuem para a formação de crianças independentes e com pensamento crítico.

Autor(a): Redação