05 AGO 2025
A Embraer, fabricante brasileira de aeronaves, que escapou do tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos (EUA), descarta demissões aqui no país este ano e está confiante em conseguir reduzir a zero a atual taxação de 10% em cima de aviões e partes que exporta para os americanos.
A declaração foi feita nesta terça-feira (5) pelo diretor-executivo da empresa, Francisco Gomes Neto, durante apresentação dos resultados do segundo trimestre da companhia. “O nosso foco é realmente restaurar a tarifa zero. Ficamos muito felizes de passar de 50% a 10%, o que reduziu bastante o impacto para os nossos clientes. Estamos trabalhando com eles para fazer a entrega das aeronaves. Mas, em paralelo, estamos nos esforçando com afinco para restaurar a tarifa zero”, disse.
A Embraer emprega 18 mil pessoas no Brasil. Desde abril, a empresa, que exporta metade da produção para os Estados Unidos, está submetida à tarifa de 10% determinada pelo presidente americano, Donald Trump.
Nas últimas semanas, houve o receio de que a taxação subisse para 50%. Mas na quarta-feira (30), o governo americano decidiu que aeronaves, motores, peças e componentes de aviação ficam de fora do tarifaço.
Segundo a companhia, a cobrança de 10% que passou a vigorar em abril significa um custo de US$ 65 milhões, cerca de R$ 350 milhões. Desse impacto, 20% foram sentidos no primeiro semestre e 80% devem ser percebidos no restante do ano. Esse valor é cobrado de partes de aviões executivos que a Embraer vende à subsidiária da empresa nos Estados Unidos, mas trata-se de um alívio se comparado à taxação de 50% da qual a empresa escapou.
Em relação aos aviões comerciais vendidos aos EUA, o custo é pago pela empresa que compra a aeronave, o que acaba encarecendo o produto.
Autor(a): BZN
Fonte: Agência Brasil