Política

Emendas impositivas ou moeda de troca? O caso Brisa Bracchi expõe a farra com dinheiro público em Natal

18 AGO 2025

O blog do BG trouxe à tona um episódio que precisa ser tratado com toda a gravidade: a vereadora Brisa Bracchi (PT) destinou milhares de reais em emendas impositivas para bancar a chamada Festa Vermelha – Bolsonaro na Cadeia. Um evento gratuito para o público, mas que custou caro ao bolso do trabalhador natalense.

Quem também deu uma ajudinha com o dinheiro de todos para o evento foi a deputada estadual Isolda Dantas (PT), reforçando o caráter eleitoral e de palanque.

Não se trata aqui de incentivo à cultura popular, nem de valorização da arte local. A festa, como o próprio nome e as artes de divulgação assumiam sem pudor, foi um ato político-partidário travestido de evento cultural. Pulseiras de acesso estampando “Bolsonaro na Cadeia” e postagens da própria parlamentar nas redes sociais confirmam a natureza de ataque político da celebração.

Os cachês dos artistas foram pagos com recursos de emendas impositivas apresentadas por Brisa Bracchi, conforme publicação no Diário Oficial do Município de 8 de agosto. Ou seja: dinheiro de todos os natalenses bancou uma festa para a patota política da vereadora e da deputada e de suas bases eleitorais. O nome da prefeitura aparece porque com a emenda impositiva, o dinheiro é por meio do Executivo.

Pois bem!

Esse caso é apenas a ponta de um novelo vergonhoso. Há muito tempo me chama a atenção a marca de Brisa em festas dançantes com viés político, sempre com público-alvo bem definido: o seu eleitorado. Agora, com a comprovação documental, confirma-se o que parecia intriga: o uso das emendas como moeda de manipulação política, financiando baladas ideológicas em busca de votos.

O episódio revela, também, o lado mais perverso das emendas impositivas: sob o discurso de atender à população, elas muitas vezes se tornam um mecanismo para irrigar recursos públicos em eventos camaradas, servindo mais à estratégia eleitoral do que ao interesse coletivo.

Aí vem àquela perguntinha que nunca quer calar, enquanto houver indecência: até quando a capital dos magos-trabalhadores vai assistir passivamente a esse desvio de finalidade, em que a cultura é usada como biombo para festas políticas financiadas com dinheiro público?

Autor(a): BZN



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