30 JUN 2022
A Polícia Federal (PF), a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF) deflagraram hoje (30) a Operação Enxurrada, que joga lupas sobre irregularidades na compra de água mineral para municípios afetados por inundações. O prejuízo pode chegar a R$ 5 milhões.
Na mira, direcionamento nas pesquisas de preços e superfaturamento de quase R$ 2 milhões.
Investigação aponta desvios de recursos públicos federais na aquisição de 516 mil garrafas de água mineral de 5 litros, que seriam destinadas para apoio de emergência à população de municípios do interior do Amazonas, devido a inundações ocorridas em 2017.
Investigação
Segundo a CGU, o trabalho teve origem em procedimentos investigativos acerca de contratações realizadas em 2017 pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em que foram verificadas irregularidades no processo de aquisição das garrafas de água, como "falta de critérios para determinar a compra do material; direcionamento nas pesquisas de preços; e superfaturamento de quase R$ 2 milhões, que correspondem a mais de 60% da compra".
"Além disso, em face da frágil documentação apresentada pela Funasa, há possibilidade que a entrega do material contratado sequer tenha sido realizada. Assim, o prejuízo para a Administração Pública pode chegar ao valor total da contratação – quase R$ 5 milhões", diz a CGU.
Diligências
Cumprem oito mandados de sequestro de bens e valores, 13 de busca e apreensão, nos municípios de Manaus (AM), Anápolis (GO) e Brasília (DF). Na ação, são cinco auditores da CGU e cerca de 40 policiais federais.
A CGU, por meio da Ouvidora-geral da União (OGU), mantém a plataforma Fala.BR para o recebimento de denúncias. Quem tiver informações sobre esta operação ou sobre outras irregularidades pode enviá-las por meio de formulário eletrônico. A denúncia pode ser anônima, para isso, basta escolher a opção “Não identificado”.
Autor(a): Eliana Lima