Considerado na Europa como um dos maiores traficantes de cocaína do mundo, Sérgio Carvalho, ex-major da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul, 64 anos, conhecido como ‘Escobar brasileiro’, foi extraditado da Hungria para a Bélgica, em meio a fortes medidas de segurança, quinta-feira (16).

O brasileiro estava preso numa cadeia de Budapeste, capital húngara, desde o verão de 2022. A Justiça daquele país queria julgá-lo por falsificação de documentos de identidade, mas a procuradoria belga conseguiu acordar com a homóloga húngara a transferência. 

Sobre o ex-major, entre outros crimes, pesa um carregamento de 1,6 tonelada de cocaína que sua rede tentou transportar de Fortaleza, no Brasil, ao solo belga, num avião turco. 

Em junho de 2022, Sérgio de Carvalho foi preso na Hungria, após dois anos fugitivo em Lisboa. Na época, as informações foram de que autoridades portuguesas e brasileiras tinham apreendido 11,7 milhões de euros numa van em Lisboa e quase quarenta aviões no Brasil, enquanto o ex-major estava na Hungria com passaporte mexicano falso.

Durante os dois anos em que esteve na capital portuguesa, usou três identidades falsas e dois apartamentos, entre 2019 e 2020.

Em novembro de 2020, quando a Polícia Federal brasileira e várias polícias europeias avançaram com grande operação de buscas e prisões, Sérgio de Carvalho escapou.

Em tempo

Nessa sexta-feira (16), o juiz Carlos Alexandre libertou o indiano Gurvinder Singh, considerado o braço-direito de Ruben Oliveira, o ‘Xuxa’, da rede de Sérgio Carvalho em Portugal. Ele e José Cabral foram libertados sob a justificativa de excesso de prisão domiciliar e de prisão preventiva.

Autor(a): Redação