17 MAI 2025
O desenrolar da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal e Controladoria-Geral da União (CGU), revelou que André Paulo Felix Fidelis, ex-diretor de Benefícios do INSS, autorizou sozinho R$ 142 milhões em descontos só em 2024.
A fraude envolvia entidades sindicais e associações que recebiam mensalidades diretamente dos benefícios de aposentados e pensionistas, muitas vezes sem qualquer autorização formal dos beneficiários. Em vários casos, os próprios segurados desconheciam as cobranças, e há indícios de falsificação de documentos, inclusive envolvendo pessoas com deficiência.
Os descontos desse tipo saltaram de R$ 413 milhões em 2016 para R$ 2,8 bilhões em 2024. Diante do escândalo, o governo exonerou o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e suspendeu todos os acordos de cooperação técnica com essas entidades.
A operação resultou ainda no afastamento de outros servidores, ordens de sequestro de bens no valor de R$ 1 bilhão e cumprimento de mandados em vários estados. O governo promete que os valores descontados ilegalmente serão devolvidos aos aposentados prejudicados, mas ainda não há prazo para os ressarcimentos.
Autor(a): BZN