Economia

Exportações potiguares acumulam em julho um volume de US$ 349,8 milhões negociados

09 AGO 2023

Foto: Reprodução/Governo do RN

A Balança Comercial do Rio Grande do Norte encerrou julho com um saldo de US$ 612,5 mil, como resultado de um desempenho bem semelhante entre exportações e importações. No mês passado, o estado exportou US$ 83,7 milhões e chegou a importar US$ 83,1 milhões em mercadorias no mercado internacional. Apesar do equilíbrio momentâneo, o volume acumulado das importações nos sete primeiros meses de 2023 já superou o das exportações no período, movimentando cifras da ordem de US$ 362,2 milhões e de US$ 349,8 milhões, respectivamente. Por isso, a balança comercial potiguar apresenta no ano um déficit superior a US$ 12,4 milhões.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (7) e estão no Boletim da Balança Comercial do RN de julho, um informativo elaborado mensalmente pela Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae no Rio Grande do Norte com base nos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O informativo acompanha a evolução do comércio exterior do estado mês a mês, assim como as operações de compra e venda de mercadorias no mercado internacional durante série histórica, que leva em consideração os cinco últimos anos.

No acumulado, as exportações apresentam queda de 52,5% na comparação com o mesmo intervalo de 2022, quando o volume chegou a US$ 736,6 milhões contra os US$ 349,8 milhões deste ano. Já as importações registraram redução menor: 16,8% no mesmo período, caindo de US$ 435,4 milhões para US$ 362,2 milhões.

Apesar desse resultado aparentemente negativo, o desempenho revela um fenômeno decisivo para a economia potiguar: a expansão das atividades ligadas ao setor de produção de energia solar. As células e painéis fotovoltaicos até agora são os produtos mais importados pelo Rio Grande do Norte, acrescentando US$ 109,2 milhões ao total importado no período entre janeiro e julho. Esses itens foram determinantes para que as importações superassem as exportações e demonstram uma expansão no segmento de energia solar fotovoltaica do Rio Grande do Norte.

Células fotovoltaicas e petróleo no topo

Analisando o desempenho da Balança Comercial no mês de julho, verifica-se que as exportações tiveram uma leve queda de 3% no comparativo com o igual mês do ano anterior, já que caíram de US$ 86,3 milhões para US$ 83,7 milhões em 12 meses. Em relação a junho, o resultado foi positivo, pois os envios de mercadorias somaram no sexto mês do ano apenas US$ 17,8 milhões. O produto mais exportado no mês passado foi o óleo de petróleo combustível (fuel oil), que totalizou US$ 47,1 milhões negociados com os Países Baixos principalmente. Até julho, o RN já exportou mais de 256 toneladas do hidrocarboneto, o equivalente a um volume de US$ 135,5 milhões.

Outros tipos de combustíveis também integram a lista dos produtos mais negociados no exterior pelo Rio Grande do Norte, no último mês, com um volume de US$ 16,5 milhões. O sal marinho aparece na terceira posição do ranking com US$ 2,6 milhões exportados. Completam a lista das cinco mercadorias mais exportadas, os tecidos de algodão e a castanha de caju, que correspondem a volumes da ordem de US$ 1,7 milhão e US$ 1,6 milhão respectivamente. No acumulado do ano os melões ocupam a segunda posição nas exportações com um total de US$ 44,4 milhões, seguidos de outros óleos (US$ 16,5 milhões) e do sal marinho (US$ 16,2 milhões), além das melancias, cujas remessas somam US$ 15,6 milhões.

Já as importações tiveram um aumento de 358,87% comparado a julho de 2022, com um volume que saiu de US$ 18,1 milhões para US$ 83,1 milhões. Em relação ao mês anterior, houve uma redução de 35,4%. Os principais produtos importados no mês foram os painéis fotovoltaicos com aquisições da ordem de US$ 39 milhões. O segundo item da pauta foi o gasóleo, vindo dos Emirados Árabes, que somou US$ 8,9 milhões. Já as importações de transformadores dielétricos chegaram a US$ 7,8 milhões. Completam a lista a gasolina (US$ 7,4 milhões) e os trigos misturados com centeio (US$ 6 milhões).

Autor(a): BZN
Fonte: Agência Sebrae de Notícias



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