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Família potiguar vive drama judicial nos EUA e precisa de ajuda para salvar o filho de 11 anos da prisão injusta

12 MAR 2024

Foto: Bernardo e os pais após a liberação nesta terça-feira

A natalense Karla Martins e o marido Bruno Gallindo, que nasceu no Recife (PE) mas morou em Natal, vivem imenso drama na Virgínia (EUA), onde estão moram há sete anos. Bruno é da conhecida família Gallindo que há muito mora e investe na capital potiguar.


Proprietários de uma empresa de limpeza residencial, o casal tem três filhos, de 11, 3 e 2 anos de idade. Eles e os amigos estão mobilizados no pedido de “ajuda de toda a comunidade de imigrantes e aos americanos para que nosso caso seja ouvido e a verdade seja relevada”.


O filho mais velho deles, Bernardo, natalense, foi apreendido pela polícia, nessa segunda-feira (11), e passou por uma audiência nesta terça (13), acusado de uso de arma e agressão corporal. 


A família afirma que vive injustiça e perseguição de vizinhos. Quem quiser ajudar, clique aqui para a vaquinha no Brasil e aqui para a nos EUA.


Vou detalhar para que entenda esse drama:


No dia 6 de junho de 2023, quando Bernardo, na época com 10 anos, jogava basquete com amigos na frente da sua casa, como era de costume. Mas na ocasião, por discordar com um deles, foi encorajado a participar de uma briga. 


Bruno Gallindo conta que um garoto que morava na mesma rua sempre provocava o filho dele, com bullyings constantes, “mas, por se tratar de crianças de 9 e 10 anos, sempre tentamos resolver tudo de forma amigável e permitir que eles se entendessem, já que nada tão grave jamais havia acontecido”. 


Mas, estavam sempre atentos aos comportamentos, observando, por meio de câmeras, o que ocorria dentro e fora de casa. “Nesse dia em questão, nosso filho foi agredido por 2 crianças, sendo que uma delas, que sempre apresentou um comportamento mais agressivo com outras crianças da rua e da escola, se descontrolou e pegou uma pá para atingir Bernardo”, detalha. 


O menino invadiu a casa pela garagem, que estava aberta, pegou uma AirSoft Gun (pistola de bala de gel) e atirou na direção Bernardo, que conseguiu desviar. “Num impulso e para se defender, nosso filho pegou uma BB Gun [tipo arma de chumbinho] e também atirou em direção dessa criança, atingindo-o na sobrancelha. Estamos falando de uma arma de brinquedo, que pode ser adquirida online, sem qualquer lei ou restrição para uso por menores”, explica Bruno.


De acordo com ele, o menino costumava brigar com colegas, mas “a mãe sempre acusava as outras crianças de começarem as brigas, o filho dela sempre era a vítima”.


Começaram, então, intimidações, ameaças e extorsões, afirma Bruno. “A primeira ameaça do pai da criança foi: "eu autorizei meu filho a quebrar a cara do seu filho e se ele não conseguir eu mesmo irei quebrar ele".


Karla e Bruno decidiram se mudar, mas no dia da nossa mudança, 29 de julho de 2023, receberam a visita dessa família dizendo que se não pagassem a "conta do hospital" que o filho ficou internado eles iriam fazer uma denúncia criminal contra Bernardo e denunciariam a família para a imigração. Os advogados dos brasileiros instruíram a não pagar, porque o ato constitui crime de extorsão e ameaça.


Após informar sobre o não pagamento, “o pai da criança começou a seguir nosso filho durante o trajeto escolar”. A família foi à delegacia e conseguiu uma ordem de proteção. Mas foi descumprida, com o pai da criança seguindo Bernardo no trajeto à escola. A polícia foi à casa do homem para prende-lo, que recusou a detenção e terminou sendo “levado de forma truculenta, sendo liberado em seguida”. Três dias depois o homem cometeu suicídio com a arma de fogo que possuía em casa.


O sofrimento dos pais e o pavor levaram Bernardo ao esgotamento emocional. Em fevereiro de 2024, em nova audiência cível, um acordo foi selado por ambas as partes e proferido pelo juiz. 


Agora, porém, a viúva diz que o suicídio do marido foi provocado pelos policiais e pela família brasileira, por ter pedido uma ordem de proteção contra ele. Ela abriu um processo criminal contra Bernardo alegando que ele atirou com uma arma de fogo, que é um marginal, delinquente e uma ameaça para a sociedade.


No dia 6 de março, Bruno recebeu uma ligação da polícia informando que o filho seria preso e responderia pelo crime de usar arma de fogo. O pai afirma que eles nunca tiveram arma de fogo, nem porte de arma, que Bernardo “jamais tocou ou vou ao vivo uma arma de fogo”. Diz que possuem todos os vídeos da briga, “onde mostram os reais fatos, as mensagens de ameaça e extorsão e tudo que possa provar que nada disso que está sendo alegado aconteceu de fato”.


Bernardo foi liberado, mas será julgado no dia 10 de abril. Para conseguir pagar as contas com advogados, de hospital “pelas vezes que nosso filho precisou de atendimento de emergência devido a uma forte crise de pânico em que ele chegou a ter febre de 41°C, contas com terapeutas estão cada vez crescendo mais e não sabemos mais o que fazer”, eles abriram página de vaquinha virtual, no Brasil e nos EUA.


Bernardo e os pais após a liberação nesta terça

Autor(a): Eliana Lima



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