Saúde

Fibromialgia: estratégias terapêuticas para enfrentamento da doença

09 FEV 2023

Foto: Divulgação

Se você já acorda cansado, não tem um sono reparador, está com dificuldade de memória e concentração, dores de cabeça, intestino irritado, ansiedade e depressão, pode estar sofrendo de Fibromialgia, uma doença crônica caracterizada por dores musculoesqueléticas em várias partes do corpo, de forma difusa, com duração superior a 3 meses. O mês de fevereiro é marcado pela conscientização sobre esse problema, que necessita de um tratamento com várias estratégias terapêuticas. 

No Brasil, aproximadamente 2% da população geral é afetada pela Fibromialgia, sendo as mulheres cerca de 8 vezes mais propensas do que os homens. Alguns estudos sugerem que isso se deve pelo fato desse público ser mais sensível à dor. A fisioterapeuta Kelly Gama explica que o diagnóstico é clínico, não havendo necessidade de exames de imagem para confirmação. “O tratamento é individualizado, considerando as principais queixas e sintomas do paciente, sendo multimodal, voltado para diversas estratégias de tratamento de forma ativa, em que o paciente deverá aprender a gerenciar os sintomas que estão impactando sua vida”. 

A procura por um fisioterapeuta especializado em dor e capacitado é fundamental no processo terapêutico. No Centro Vitta, Kelly Gama está à frente de um programa exclusivo de tratamento e manejo da dor: o Ressignificador. O programa é formado por vários tipos de terapia, com a instrução sobre a dor e controle dos exercícios através de metas e/ou tarefas. “O objetivo é fazer com que o sistema de dor seja reeducado, fazendo com que ele se exponha a novas experiências, informações e atividades, aprendendo a movimentar-se de forma segura e sem risco de lesão”, detalhou a especialista. 

Segundo Kelly Gama, para o tratamento da doença, não é recomendado a aplicação de técnicas e métodos passivos voltados para a região que dói, como eletroanalgesia (TENS), faixas elásticas, ventosas, manipulações, etc. É necessário voltar-se para estratégias de educação do paciente sobre a dor, terapia com exercícios de exposição gradual e contingenciados. “Pessoas que entendem o porquê estão sentindo dor são as que apresentam os melhores meios para enfrentar a doença. Receber uma educação voltada para o que está acontecendo com seu corpo é uma estratégia de tratamento para saber gerenciar sintomas”, reforçou a fisioterapeuta.

Autor(a): Marcos Pinto



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