Depois de 18 anos de espera, a raça ovina Soinga foi oficialmente homologada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil (Mapa), conforme publicado quarta-feira (29) no Diário Oficial da União. 

O reconhecimento marca um avanço significativo para a ovinocultura brasileira, tornando a Soinga a trigésima raça ovina nacionalmente reconhecida.

Com a homologação, os criadores poderão participar de exposições e programas de melhoramento genético, além de facilitar a comercialização dos animais e seus produtos. O reconhecimento é resultado de anos de trabalho de seleção e aprimoramento por parte dos criadores e pesquisadores dedicados ao desenvolvimento da raça.

A raça Soinga é valorizada por sua adaptabilidade ao clima semiárido do Nordeste brasileiro, destacando-se pela resistência a doenças e pela qualidade da carne e lã. Com a homologação, espera-se um aumento no interesse pela criação dessa raça, contribuindo para o fortalecimento da ovinocultura no país.

No RN, a Fazenda Rosa Sêda, em Tangará, é uma das propriedades rurais no estado que produzem raça do semiárido. Desde o surgimento que o fazendeiro Ignácio Salustino acreditoe investe no ovino potiguar.

ORIGEM

A raça Soinga foi desenvolvida no Rio Grande do Norte, resultado de um cruzamento triplo, conhecido como “tricross”, envolvendo as raças Bergamácia, originária da Itália; Morada Nova Branca, selecionada no Nordeste brasileiro; e Somali Brasileira, da África do Sul. 

O desenvolvimento foi conduzido pelo veterinário José Paz de Melo, que, após mais de 20 anos de trabalho de seleção e aprimoramento genético, conseguiu estabelecer uma raça adaptada às condições adversas do semiárido nordestino. 

Atualmente, o rebanho Soinga supera 15 mil cabeças, concentradas principalmente no Nordeste do Brasil. 

Autor(a): BZN