Política

Governo Lula suspende leilão milionário de arroz em meio a graves denúncias

11 JUN 2024

Reconhecimento de ilegalidade? Pois bem! O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, comunicaram, nesta terça-feira (11), o cancelamento do leilão realizado semana passada, com a compra de 263 mil toneladas, somando R$ 1,3 bilhão, em que o maior dos quatro arrematantes individuais foi Wisley A. de Souza, cuja sede é uma singela loja de queijos em Macapá (AP), que teve capital social alterado uma semana antes do leilão, passando de R$ 80 mil para R$ 5 milhões.


O ministro da Agricultura justificou que a habilitação das empresas para participar do leilão era feita pelas Bolsas de Mercadorias e Cereais, e não pela Conab. De acordo com ele, o governo só soube quem disputou e quem venceu depois da realização do leilão.


E foi anunciada a realização de novo leilão, após revisão dos mecanismos que foram estabelecidos para leilões, com o apoio da Advocacia Geral da União (AGU) e da Controladoria Geral da União (CGU).


Demissão!


Diante das suspeitas de fraude e da revelação de que Robson França, ex-assessor e sócio de Neri Geller, atuou como corretora em parte da venda no leilão, Geller pediu demissão do cargo de Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura. França trabalhou no gabinete de Geller junto com o diretor de Operações e Abastecimento da Conab, Thiago dos Santos.


O ministro da Agricultura justificou que a sociedade foi estabelecida antes de Geller se tornar secretário. ”Não há nenhum fato que desabone, que gere qualquer tipo de suspeita. Mas que de fato gerou transtorno e por isso ele colocou hoje de manhã o cargo à disposição”, considerou.

Autor(a): BZN



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